Jornal do Cariri
Prefeitura de Juazeiro deve romper contrato com a Idab
Instituto é alvo de denúncias desde que assumiu gestão dos equipamentos, em fevereiro
Foto: João Boaventura Neto/ Agência Miséria
Da Redação
01/06/21 8:30

A convocação do controlador do município de Juazeiro do Norte, Wilson Melo, pela Câmara de vereadores, antecipou uma decisão da gestão Glêdson Bezerra (Podemos), sobre a possibilidade de rompimento do contrato com o Instituto Diva Alves do Brasil (Idab). A Organização Social (OS) é responsável pela gestão do Hospital e Maternidade São Lucas e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Limoeiro.

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Desde que assumiu a gestão dos equipamentos, em fevereiro deste ano, o Idab vem sendo alvo de denúncias por superfaturamento no pagamento de serviços e contratos, além de falta de medicamentos e insumos. A clareza sobre quem comanda as atividades da OS também é questionada. Entre os mais críticos, o vereador Capitão Vieira Neto (PTB) visitou as duas unidades administradas pelo Idab e, segundo constatou, há constantes atrasos de salários, entre outros problemas. O instituto recebe, mensalmente, cerca de R$ 2,2 milhões e, segundo contatos da Secretaria de Finanças, pagos em dia.

Capitão Vieira Neto foi o responsável pela convocação do controlador Wilson Melo, que na sessão do dia 27, apresentou o relatório da auditoria nos serviços do Idab e chegou a sugerir o rompimento do contrato. Várias denúncias expostas na Câmara, nos últimos meses, são constatadas no relatório.

Wilson Melo anunciou, ainda, que a gestão deve encaminhar as denúncias ao Ministério Público do Estado (MPCE) e dará início a processo para balizar o distrato. No dia 24, houve uma reunião da gestão, representada pela secretária de Saúde, Francimones Albuquerque, e pelo prefeito Glêdson Bezerra, com os representantes do Ministério Público Federal (MPF) para tratar da situação do Idab. Com a situação em patamar de insustentabilidade, a Prefeitura procura base jurídica para romper o contrato e contratar outra Organização Social para a manutenção dos serviços de forma emergencial. Na Câmara, Wilson Melo, alertou que tudo tem que ser feito com muita cautela e segurança jurídica para que não haja prejuízos aos atendimentos e, consequentemente, à população.

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