Moradores do sítio Baraúnas, em Brejo Santo, foram surpreendidos no dia 14 de fevereiro ao observarem sinais de envenenamento em quatro animais. De lá para cá, os casos se repetiram e mais de 20 mortes, todas aparentemente pelo mesmo motivo, já foram registradas, sendo 13 de cachorros e 09 de macaquinhos saguis, conhecidos como soim. Atualmente, ONG’s e órgãos de segurança acompanham e investigam os casos.
Glauber Oliveira, ativista da causa animal e presidente na ONG Vida de Cachorro, que luta pelos direitos dos animais, conta que foi notificado por moradores ainda no dia 14. Após feito o Boletim de Ocorrência, a Polícia Civil foi ao local e deu início às investigações. “Infelizmente, mesmo a polícia indo ao local, todos os dias inúmeros outros animais continuaram sendo vítimas de envenamentos e mortos”, afirmou.
Segundo Glauber, no dia 20 foi solicitada a ida da Polícia Ambiental, unindo forças ao Vida de Cachorro, Instituição Upama, Instituto Lilica e Eliziane Lucena, diretora do Centro de Zoonoses de Juazeiro do Norte. “Foi realizado ajuda aos animais no local, e visitas aos moradores que perderam seus bichos, para coletar informações de algum possível criminoso”, conta Glauber, ao dizer que foram coletados dois animais para necrópsia no Hospital Veterinário da Unileão. “Nos próximos dias, terá o laudo final”, completa.
Ele destaca que as investigações continuam e esse crime é previsto pelo artigo 32 da Lei nº 9.605, com alteração da Lei nº 14.064/2020, prevendo pena de reclusão de 2 a 5 anos, multa e proibição da guarda. Em caso de morte do animal, a pena pode ser aumentada em de ⅓ a ⅙.
Em nota, a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) informa que “o caso está a cargo da Delegacia Regional de Brejo Santo, unidade que realiza diligências para elucidar os fatos” e que a população pode contribuir com as investigações, repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais através do número (88) 3531-4841, da Delegacia Regional de Brejo Santo.
“As denúncias ainda podem ser feitas para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o (85) 3101-0181, que é o número de WhatsApp, por onde podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia. O sigilo e o anonimato são garantidos”, finaliza a nota.
