Jornal do Cariri
Investigações apontam que morte de Yanny foi premeditada
Laudos confirmam feminicídio de Yanny Brena
Foto: Pefoce
Natália Alves
28/03/23 10:30

As circunstâncias das mortes da vereadora Yanny Brena, 27 anos, e do seu namorado, Rickson Pinto, 26 anos, foram esclarecidas na última quinta-feira (23), pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), através da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Juazeiro do Norte. Os laudos da perícia confirmaram que o crime se trata de um feminicídio seguido de suicídio.

De acordo com a titular da Delegacia de Defesa da Mulher, a delegada Suerda Bezerra, apesar da aparente harmonia do casal, o relacionamento era conturbado. “Uma testemunha que estava com o casal, na tarde do dia 2 de março de 2023, ouviu um diálogo que foi decisivo. Rickson disse: ‘ e ai, o que você decidiu?’ e Yanny respondeu: ‘Rickson, eu já não queria você, e agora que você me bateu, você acha que ainda vou querer?’”.

Fatos que antecederam o dia do crime, como a procura de Rickson por uma arma de fogo, evidenciaram a premeditação do assassinato. De acordo com uma testemunha, Rickson havia pedido à família para que cuidasse da sua filha menor de idade. A polícia afirma que ele havia desligado as câmeras de segurança no interior do imóvel, que deixaram de registrar imagens às 17h31 de 2 de março.

As análises da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) apontam que Rickson Pinto tentou forjar o suicídio da vereadora, enquanto ela ainda estava viva. As investigações concluíram que Rickson deu um golpe conhecido como “mata-leão” em Yanny, deixando-a inconsciente. Ele a arrastou à sala do imóvel e a colocou pendurada por uma corda em um objeto, a deixando em suspensão incompleta. Ele se suicidou entre quatro e oito horas após. Conforme o laudo, as mortes de ambos foram por asfixia.

Os peritos afirmaram que Yanny apresentava diversas marcas de agressões no rosto e de luta corporal, além de unhas quebradas e ferimentos no pescoço. De acordo com os laudos, Rickson havia aplicado bastante violência nas agressões, sendo compatíveis com um acidente de veículo. A delegada Suerda Bezerra afirmou que a vítima não teve chance de defesa frente ao seu assassino, que praticou lesões antes de imobilizá-la totalmente.

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