Jornal do Cariri
Casa abrigo dá suporte a mulheres vítimas de violência doméstica
O serviço deverá garantir a integridade física e psicológica das mulheres e seus filhos
Foto:Divulgação/prefeitura
GENEUZA MUNIZ
08/02/22 20:00

A Unidade de Acolhimento Institucional para Mulheres em Situação de Violência foi inaugurada na última semana, com o objetivo de acolher mulheres de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha, que sejam vítimas de violência. O equipamento faz parte da Proteção Social de Alta Complexidade, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho - Sedest, e é fruto de um consórcio realizado entre os municípios de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha.

Jácsa Vieira, diretora da Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade de Juazeiro do Norte, destaca que é um equipamento relevante no contexto regional. “Nós temos um índice de violência contra a mulher altíssimo no Cariri, principalmente nos três municípios que serão atendidos”. Segundo dados disponibilizados pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa do Estado do Ceará, em 2021, a região Sul do Ceará registrou 5.338 vítimas atendidas pela Lei Maria da Penha, número superior a 2020, com um total de 5.426.

O serviço ofertado deverá garantir a integridade física e psicológica das mulheres e seus filhos. Inicialmente, a capacidade será de 15 mulheres e 15 dependentes. Sendo cinco vagas para o município de Crato, cinco para Juazeiro e cinco para Barbalha. Segundo Jácsa, essas mulheres podem permanecer por um período de até 90 dias no local. O órgão deverá produzir dados para fortalecer o sistema de vigilância e auxiliar essas mulheres atendidas a se tornarem autônomas.

A diretora explica que a equipe será formada por uma coordenação, assistente social, psicóloga, advogada, quatro educadores, Patrulha Maria da Penha, dois cozinheiros e dois ASG. As despesas com o equipamento serão custeadas pelos três municípios.

Verônica Isidorio, representante da Frente de Mulheres do Cariri, vê essa conquista de forma positiva. "A gente fez uma empreitada de muito tempo, inclusive de mais de dez anos, que o movimento luta pela instalação de uma casa abrigo no Cariri. Foram documentos, ofícios, relatórios enviados ao Governo do Estado, audiências públicas em Fortaleza, diretamente com o governador, e no Cariri, inclusive com representantes do Ministério Público”, lembrou a ativista.

Verônica conta que recebeu a notícia com uma imensa alegria. “Foi uma luta que valeu a pena. Estamos satisfeitas com o resultado e o trabalho do Ministério Público do Ceará, que se empenhou muito em organizar esse consórcio, chamou o movimento para discutir e o resultado foi muito positivo. Agora, continuaremos vigilantes com o trabalho realizado na casa”, concluiu.

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