Desde o dia 02, até o dia 26 de novembro, ocorre no Cariri a primeira edição da Mostra Terreira. Serão mais de 20 apresentações artísticas, que se ocorrerão pelas ruas e sedes de coletivos por Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha. De acordo com a organização, a Mostra Terreira é um aquilombamento e proposição da Coletiva Terreira, um ajuntamento das/ dos artistas Suzana Carneiro, Edceu Barbosa, Sâmia Ramare, Maria Macêdo, Michel Leocaldino, Jaqueline Rodrigues e Luiz Fernando

De acordo com Suzana Carneiro, uma das integrantes da Coletiva, o ajuntamento surgiu na pandemia. “A gente ainda não se chamava de Terreira, mas muito estimulados por conversas que Leo [Leonardo Alves] propunha nas redes, em lives no Instagram dos Limões Ensolarados, ele convocava artistas pretos e pretas aqui do Cariri e dialogava com eles sobre os trabalhos. A gente foi se encontrando tanto na audiência, assistindo as lives, como estando como convidados também”, explica. Daí, nasceu um grupo de WhatsApp, que resultou na organização na Coletiva Terreira e, posteriormente, em ações que fomentem a produção artística de pessoas pretas, tendo a Mostra Terreira como a primeira delas.

Segundo a organização, “a Terreira é a consagração dos palcos, ruas, matas e terras como espaço de celebração dos saberes e fazeres, é o movimento desterrador de honraria aos corpos e almas que fecundaram a terra para que seguíssemos brotando”. A Mostra é realizada pela Coletiva Terreira, juntamente com o CCBNB Cariri, além dos apoios do Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec), Terreiro das Pretas, Terreiro Arte e Tradição, Território Cultural do Gesso, Coletivo  Camaradas, Quebrada Cultural, Carrapato Cultural e Casa Ninho.