Uma viagem no tempo – é assim que pode ser resumida a exposição “Espedito Seleiro e Família – Sagrado Ofício”, recém-inaugurada no Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri, em Juazeiro do Norte. Reconhecido como um dos Tesouros Vivos da Cultura do Ceará, ele já viu seu nome e sua arte rodarem o Cariri, o Brasil e o mundo. Na exposição, a curadoria é de Cecília Rossé, que convidou Maninho Seleiro, filho do mestre, para acompanhá-la na missão.

A exposição reproduz ambientes desde a sala de infância, onde Espedito brincava e morava quando criança, em Arneiroz, até a sala do sagrado ofício, onde criou morada, em Nova Olinda. Os diferentes ambientes apresentam ferramentas de trabalho e icônicas peças de couro, com coloração e traços característicos da família Seleiro.

Espedito e dona Francisca, sua esposa, tiveram seis filhos: Wellington, Roberto, Maria Inês, Vania, Maninho e Cícera.  A família seguiu tendo a devoção e o trabalho como tesouros a seguir. A história, que teve início com Gonçalo, o avô de Espedito, vai virar livro, de autoria de Flávia Nonato e ilustrações de Maninho.

“É uma coisa que Deus nos deu, esse dom maravilhoso de transformar couro em arte”, conta Maninho, ao dizer que toda família está emocionada com a homenagem. O convite para a exposição quem deixa é Espedito Seleiro: “estou convidando o pessoal para visitar a exposição que a gente está mantendo em Juazeiro do Norte. Quero também dizer muito obrigado às pessoas que organizaram essa exposição, à minha família e aos amigos. Depois de visitar a exposição, podem vir para Nova Olinda visitar o ateliê, a oficina, o memorial... Tem algumas coisinhas boas para a gente ver”, finaliza.