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Prefeito de Jardim sem maioria na Câmara
01/07/25 0:00

O prefeito de Jardim, Antônio Coutinho (PT), enfrenta dificuldades na relação com a Câmara, mesmo fazendo maioria na eleição de 2024. Todas as discussões propostas pelo Executivo têm sido vencidas por uma maioria turbinada pelo presidente Jaskejhan Jorge (PT). Na sessão desta quarta-feira(2), os vereadores votarão a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), com proposta da oposição de que todos os gastos passem pela Casa. A base avalia como uma tentativa de engessar a gestão. Com situação e oposição divididos em 5 a 5, o presidente deve ser o voto minerva. Será o teste para Jaskejhan mostrar de que lado está. O problema vem da eleição para a Mesa Diretora, quando Jaskejhan radicalizou para assumir a presidência, rachando a base. Para chegar ao cargo, ele recorreu a oposição e o apoio gerou compromissos. Um preço alto que pode custar sua continuação no partido. O resultado da votação pode levar a formalização de denúncia aos diretórios estadual e nacional, pedindo a expulsão. Nos bastidores, Jaskejhan dá sinais do que vai acontecer, ao se articular com outras siglas, como o PSB e a PSD.

Câmara dividida em Altaneira

Com quatro dos nove vereadores eleitos por sua base, o natural é que a prefeita Késia Alcântara (PSB) tenha dificuldades. Os entraves acontecem, mas oposição e situação vivem momentos de empate, com decisões favoráveis aos dois lados. O presidente Deza Soares (PT), voto minerva em discussões polêmicas, ondula entre votos a favor e contra Késia. Na sessão do dia 23, a pauta trouxe três votações acirradas e que precisaram do voto do presidente. Deza ajudou a derrubar o veto da prefeita para projeto que obriga divulgação da listagem dos medicamentos disponíveis e em falta na farmácia do munícipio; ajudou a aprovar o cargo de chefia de gabinete para a prefeita; e foi favorável a regulamentação de novas normas regimentais na Casa. Deza tem agradado a todos.

Tudo como antes em Mauriti

O grupo majoritário do PT de Mauriti manterá o controle interno sem disputa, mesmo com todos os tensionamentos no estado. Liderado pelo ex-prefeito Isaac Júnior e o atual João Paulo, o grupo conseguiu manter chapa única para o diretório municipal. A chapa é formada por Isaac Júnior e a primeira-dama e secretária de Saúde do Município, Evania Furtado. A vitória certa garante ao grupo o controle total das discussões para a sucessão municipal de 2028. Sem liderança aparente, há quem garanta que a ideia é candidatar novamente Isaac Júnior, com a mesma estratégia de 2020, avaliada como estelionato eleitoral. Ou seja, começa a disputa pela vice. Tudo sobre às bençãos do deputado federal José Guimarães. Aliás, Mauriti é uma das últimas fronteiras de Guimarães no Cariri.

Polêmica em Nova Olinda

A Câmara de Nova Olinda vive uma situação inusitada. Na última semana, a Casa recebeu ofício da Assembleia Legislativa, orientando sobre o tratamento a ser mantido com uma vereadora. No ofício, a Frente Parlamentar de Combate à Violência Política de Gênero exige que a vereadora Karine (MDB) seja tratada como “Doutora”. A solicitação, que partiu da própria vereadora, pegou todos de surpresa, pela imposição a um status que não tem obrigação legal. A vereadora defende que é o seu nome social e profissional. Karine faz a exigência por ser advogada, mas nem a Ordem dos Advogado do Brasil (OAB) faz a defesa. Na Câmara, a avaliação é que a vereadora poderia discutir a situação na Casa, antes de recorrer a Assembleia, e que o tratamento continuará sendo facultativo.

Enquanto isso...

Ainda em Nova Olinda, a Justiça Eleitoral (53º Zona) julgou improcedente ação movida pelo Ministério Público Eleitoral, contra o ex-presidente da Câmara, Dindo Araújo (PSB), por abuso de poder econômico.

Para a Justiça, prevaleceu a tese da defesa pela ilegalidade do áudio utilizado como prova. Contra o vereador, um áudio onde o parlamentar aparece aliciando um eleitor.

Em Santana do Cariri, o prefeito Samuel Werton (PT) tem sido questionado pela contratação da banda “The Fevers”, para apresentação na Festa da Padroeira Nossa Senhora Santana, no dia 24 de julho de 2025.

A contratação, por dispensa de licitação, teria ultrapassado o valor máximo permitido de R$ 62,7 mil (Lei nº 14.133/2021). O município quer pagar R$ 75 mil e o contrato pode ser alvo denúncia no Ministério Público.

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