Jornal do Cariri
Polêmica esclarecida
01/02/22 0:00

Depois da repercussão negativa do fechamento do Memorial Patativa do Assaré, a neta do poeta e presidente da Fundação, conhecida como Isabel, esclareceu a questão. Em entrevista, ela apontou a ausência da Ata de fundação da entidade como empecilho para manter o funcionamento. Isabel isentou a gestão municipal, mas deixou a atuação de cartórios e fundadores em xeque. Advogados e funcionários da época, além do Ministério Público do Estado, foram consultados e não souberam indicar o paradeiro do documento. O problema foi percebido durante o registro da diretoria para o triênio 2021-2024. Aliás, outras quatro atas foram registradas no segundo ofício, quando deveriam ser no primeiro. Agora, o caso está nas mãos do Ministério Público, que promete uma resposta em breve. A fundação é de 1993 e a inauguração do Memorial foi em 1999, para comemorar os 90 anos de Patativa.

Tensão iniciada
Os professores de Aurora estão longe de concordar com a proposta do prefeito Marcone Tavares, para o rateio do Fundeb. Não foram consultados e resolveram protestar: como está, não aceitam. O resultado é que na sessão do dia 25, a Câmara ficou lotada com parte da categoria, que foi cobrar dos vereadores uma posição. As tentativas de conversa com a gestão não prosperaram, eles sequer foram recebidos. Na Câmara, conseguiram o apoio da maioria dos vereadores, incluindo, da base de apoio do prefeito. Um requerimento, em nome da Casa, foi aprovado e enviado ao gabinete do prefeito, pedindo explicações sobre a divisão dos recursos. Os professores acusam Marcone de mudar o que foi aprovado para adequar conveniências políticas. Os professores aproveitaram para pressionar a gestão pela proposta de reajuste salarial. A categoria ainda não foi chamada para conversar. É mais problema pela frente.

Crise revelada
A aliança do prefeito de Farias Brito com o PT passa pelo seu momento mais delicado. Depois do secretário de Infraestrutura, Samuel Linhares, pedir para sair sem uma explicação convincente, agora, foi a vez do vereador Edson Ferreira deixar a base do prefeito Deda Pereira. Como Samuel, o vereador Edson não explicou a motivação da sua saída da base. Nas redes sociais, ele iniciou uma série de críticas à gestão, como a estrada que liga o sítio Caiçara à Vila Cariutaba. As críticas foram ouvidas e a estrada recuperada, mas Edson promete aumentar o tom. Apesar da Secretaria de Infraestrutura estar sendo ocupada por outro petista, o vereador Everton Calixto, o problema político permanece. Há meses, Edson mencionava a tensão interna a esta coluna. Mas, pressionado, foi a público desmentir a informação. Nada como um dia atrás do outro.

Buraco sem fim
O prefeito eleito do Barro, George Feitosa, disse a amigos que está enfrentando um grande desafio administrativo na Prefeitura. Na verdade, ele minimizou o tamanho do buraco sem fundo que pegou na gestão. Ao assumir, neste mês de janeiro, o prefeito só encontrou dívidas e muitas dificuldades para colocar a Prefeitura como adimplente. Na Educação, por exemplo, foram mais de R$ 600 mil entre débitos com INSS e a folha de pagamento de dezembro. Na conta, apenas R$ 400 mil e a ameaça de bloqueio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Consequência: os professores não terão o rateio do Fundeb e podem ficar sem reajuste. Ou seja, George pode se preparar para protestos e, provavelmente, greve. Mais, a dificuldade está na maioria das pastas. Não menos preocupante, a Saúde foi entregue ao ex-prefeito de Aurora, Adailton Macedo. Ele fez uma análise e recusou a pasta. A situação é caótica.

Farra da preguiça
Os vereadores de Abaiara são os que menos trabalham no Cariri. Eles gozam de 120 dias de recesso parlamentar, claro que com remuneração, e quando trabalham, fazem apenas uma sessão por semana. Estão merecendo o título de mais preguiçosos da região. Mas, a farra prevista no Regimento Interno da Casa virou motivo de polêmica nas redes sociais e nas rodas de conversas na cidade. Tudo depois que o comunicador João Neto escancarou o escândalo e cobrou uma posição do presidente Francisco Elizeu Moreira Filho, o Lulu, do PT. O presidente disse que a Câmara tentou corrigir o problema, mas o projeto foi barrado pela assessoria jurídica, sob alegação de inconstitucionalidade. A mudança foi proposta pelo vereador Ricardo Leite, do PT. No projeto, o petista tenta reduzir o recesso pela metade. A assessoria jurídica não respondeu ao vereador.

Mais uma vitória
Uma decisão da Justiça Eleitoral no dia 27 deixou o prefeito de Antonina do Norte, Antônio Filho, respirando aliviado. Antônio Filho respondia a uma Ação de Investigação Eleitoral, por abuso de poder econômico ou compra de votos, na eleição de 2020. Mas a ação movida pelo candidato derrotado, Francisco de Carvalho Arrais, acabou sendo enfraquecida pela falta de provas sobre as acusações. Pelo menos, é o que avaliou o juiz da 18º Zona, Antônio Vandemberg Francelino Freitas, na sua decisão. Ele disse não ter encontrado comprovações do abuso econômico. A decisão é de primeira instância e cabe recurso, mas sem a motivação de provas, dificilmente outra corte dará atenção a denúncia e o caso deve finalizar agora. Para Antônio Filho, a decisão comprova a realização de uma campanha limpa, onde prevaleceu a vontade do povo. E ele aproveitou para alfinetar: “a verdade sempre prevalecerá”.

Enquanto isso…
… Em Potengi, quem comemora são os suplentes de vereadores Zé Iris, do PSOL, e Nicodemos Rodrigues, do PT. Eles serão diplomados oficialmente pela Câmara de Vereadores, depois de uma decisão Tribunal Regional Eleitoral, no dia 25, que confirmou a cassação dos vereadores do PSD, Edvânio e Ciêr das Guaribas, eleitos sob fraude eleitoral.

… Os vereadores eleitos e outros candidatos do PSD tinham contra suas candidaturas decisões de primeira instância e um parecer do Ministério Público Eleitoral pela perda dos mandatos. O partido é acusado de fraudar a cota de gênero com candidaturas femininas fantasmas. Duas das três candidatas tiraram juntas apenas seis votos.

… Quem comemora, também, é o prefeito de Araripe, Cícero de Deus, do PDT. Junto com o vice, Dr. Orlando, Cícero era acusado de abuso de poder econômico nas eleições de 2020. Os dois já acumulavam decisões pela cassação dos diplomas na Justiça Eleitoral de primeira instância e no parecer do Ministério Público Eleitoral.

… A cassação, em primeira instância, foi do juiz Silvio Batista dos Santos Neto, da 68º Zona Eleitoral, que apontou na sentença irregularidades nos gastos com atos da campanha. A decisão acabou reformada pelo Pleno do Tribunal Regional Eleitoral, no dia 26, por 6 a 1. A decisão devolve os diretos políticos e enfraquece a oposição, autora da denúncia.

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