O caranguejo de água doce, de nome científico Kingsleya attenboroughi, foi descoberto pela ciência ainda em 2016, com a publicação formal da espécie. Inicialmente encontrado no município de Barbalha, ele também foi visto em Missão Velha. A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade Regional do Cariri (Urca), que afirmam que a espécie é endêmica das encostas da Chapada do Araripe – ou seja, do mundo inteiro, ele é encontrado somente no local.
De acordo com Allysson Pinheiro, biólogo e professor da Urca, o caranguejo de água doce tem ligação com outros da Amazônia. “Então, a gente imagina que a história evolutiva dele tem a ver com a questão evolutiva da América do Sul” explica.
Ele destaca que, com sua presença, a espécie conta um pouco da história do continente americano, em especial da América do Sul. “A gente atribuiu a ela um critério de risco. Formalmente, ela ainda não integra a lista de espécies ameaçadas brasileiras porque não houve atualização de toda lista, mas ela está indicada para ser classificada com ‘em perigo’”, relata Allysson.