Jornal do Cariri
Paridade de gênero na política volta a ser debatida
Apenas duas prefeituras são geridas por mulheres
Foto: Redes sociais
Robson Roque
31/10/23 15:00

Mesmo sendo maioria em todas as regiões brasileiras, as mulheres ainda são minoria nos espaços de representação e poder. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Juazeiro do Norte tem 15.198 mulheres a mais do que homens, Crato 7.502 e Barbalha 2.579. A política é um dos principais locais nos quais a participação feminina é menor do que a masculina. 

Apenas duas das 29 cidades caririenses são geridas por prefeitas: Mônica Mariano (PT), em Jati, e Gislaine Landim (PDT), em Brejo Santo. Gislaine é mãe do deputado estadual Guilherme Landim (PDT) e viúva do ex-deputado Wellington Landim, ex-prefeitos de Brejo Santo. No Ceará, as mulheres estão à frente de 31 dos 184 municípios.

Só seis das 55 cadeiras nas câmaras municipais do Crajubar são ocupadas por vereadoras: as cratenses Lourdes de Carlim (PT) e Mariângela Bandeira (MDB); as barbalhenses Luana de Rosário (MDB) e Efigênia Garcia (PSDB); e as juazeirenses Jacqueline Gouveia (MDB) e Rosane Macedo (Cidadania). A baixa representatividade feminina na política foi o principal tema da sabatina, no Senado, com os indicados para compor o Supremo Tribunal de Justiça. 

Dentre eles, está o desembargador juazeirense Teodoro Silva Santos. Aprovado para ser ministro do STJ, o magistrado, ao discorrer sobre o pluralismo previsto na Constituição Federal, defendeu que “os direitos das mulheres devem ser amparados em todos os sentidos”. O futuro ministro mencionou que no Tribunal de Justiça do Ceará tem quase metade dos cargos ocupados por mulheres: dos 53 juízes da corte, 20 são desembargadoras.

Na sabatina, a senadora cearense Augusta Brito (PT) indagou se os magistrados que assumirão assento no STJ possuem algum projeto para ampliar a participação feminina nos espaços de poder. “Que possa fortalecer não só o ingresso das mulheres nestes espaços, mas também a permanência, porque percebemos que a dificuldade muito grande não é só de entrar, é de permanecer, exatamente pela estrutura construída do machismo, que infelizmente, faz com que elas desistam da carreira política ou judiciária”, argumenta.

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