De acordo com a Superintendência Regional do Trabalho (STR), o município de Juazeiro do Norte registrou 15 crianças e adolescentes flagrados em situação de trabalho infantil nos sete primeiros meses do ano. Diante disso, o Município explica que houve encaminhamento para órgãos responsáveis e que ações de combate à exploração infantojuvenil são realizadas rotineiramente.

Como explica João Alves, coordenador das Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Aepeti), os casos foram encaminhados ao Creas. O órgão é voltado para violação de direitos. Já o Cras, que também faz parte da rede de equipamentos que atua em conjunto, age para o fortalecimento de vínculos familiares.

Segundo João, quando uma criança é encontrada em situação de trabalho infantil, uma equipe notifica e procura a família para encaminhar ao Creas. Lá, será verificada a situação dela para que sejam trabalhadas algumas políticas e ações. Se necessário, há o encaminhamento ao Cras para que todos participem dos programas sociais.

“Nós queremos abrir um diálogo mais efetivo com a sociedade, porque entendemos que essa questão do trabalho infantil precisa ser uma ação, um enfrentamento direto, de todas as classes”, enfatiza João Alves. Entre as ações de prevenção e combate, ele menciona palestras, encontros e caminhadas, além de parcerias com entidades que oferecem cultura, arte, esporte e qualificação profissional.

Para os próximos meses, é esperado que um levantamento apresente o quantitativo de crianças e adolescentes afastadas após serem encontradas desempenhando trabalhos. Como acredita João, é possível haver a subnotificação dos casos – algo que, com o diagnóstico, será possível uma maior clareza.