Lar Acold precisa de doações para ajudar famílias
Entidade funciona em Barbalha e em Fortaleza
Crianças, adolescentes e familiares recebem auxílio no Lar. Foto: Divulgação
Joaquim Júnior
04/10/20 9:00

Após batalha contra uma Leucemia Linfoide Aguda de alto risco, em que teve à frente um tratamento agressivo, Lucas Dantas retribuiu a gratidão pela vida. Já curado, ele sentiu o desejo de realizar um trabalho voluntário e, em 2006, junto à mãe dele, Marta Dantas, a outros amigos e a um grupo de mulheres voluntárias da Associação Comunitária Lucas Dantas (Acold), fundou o projeto de Fortalecimento Comunitário da Vila Fronteira. No ano de 2013, implementou o Lar São Francisco de Assis, em Barbalha, onde atualmente 20 crianças e adolescentes com câncer recebem suporte, juntos aos familiares. Em Fortaleza, são 42. O local está aberto a doações, que contribuem com o funcionamento do espaço.

De acordo com Marta Dantas, assistente social e presidente da Acold, por conta da pandemia de covid-19, os sinais e sintomas da doença podem ser descobertos precocemente para que aconteça o encaminhamento ao Centro Especializado e realização de um tratamento correto e eficaz, que poderá obter sucesso e cura. Como lembra Marta, no ano de 2015, a doação de uma casa ofereceu garantia de maior qualidade no tratamento de crianças e adolescentes na região. Deste então, o espaço oferece hospedagem, de forma gratuita e em tempo integral, às crianças, aos adolescentes com câncer e aos pais delas.

Além do descanso, a estrutura oferece alimentação, atendimento psicossocial com equipe multidisciplinar, cesta básica mensal para a família e trabalho em redes assistenciais e setoriais de cada município de origem dos pacientes. No final de 2018, foi a vez de Fortaleza receber um Lar da Acold. Hoje, 42 crianças e adolescentes são acolhidas na capital, junto aos familiares.  A iniciativa da casa em Fortaleza, segundo Marta, considerou a necessidade de crianças e adolescentes, quando em estado mais grave e em fase avançada da doença, serem transferidos do interior para a capital. Alguns pacientes, inclusive, são encaminhados para São Paulo.

Entre o mês de agosto e setembro de 2020, a Acold encaminhou para o setor de diagnóstico precoce da Associação Peter Pan, em Fortaleza, três casos de Juazeiro, um de Abaiara e um de Lavras da Mangabeira. “Por sobreviver somente de doações, necessitamos de parcerias de empresas e pessoas físicas para garantir a manutenção com boa qualidade de assistência para as crianças, adolescentes e seus familiares que se encontram num momento de risco de vida e vulnerabilidade social. E necessita do nosso apoio total”, enfatiza Marta.

Ela destaca, ainda, que “quando enchemos o nosso coração de amor e empatia, dentro de nós surge um desejo imenso de acabarmos com o sofrimento do outro. O convite é para que a empatia faça parte do nosso dia a dia”, finaliza, ao chamar as pessoas para que conheçam o trabalho e abracem a causa das crianças e adolescentes, que permanecem em tratamento mesmo neste período de pandemia.

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