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Juazeiro está entre os 100 piores saneamentos do Brasil
Falta de infraestrutura dificulta o avanço do saneamento
Foto: Instituto Trata Brasil
Madson Vagner
01/04/25 0:00

O maior município da região do Cariri, Juazeiro do Norte, apareceu na 16ª edição do Ranking do Saneamento, do Instituto Trata Brasil, em parceria com GO Associados, divulgado no último dia 20. O levantamento mostra o desempenho das 100 cidades mais populosas do Brasil, com relação a quesitos como acesso à água, coleta e tratamento de esgoto. O estudo teve por base o Novo Marco Legal do Saneamento Básico.

Segundo o estudo, Juazeiro ocupa a 91ª posição, com apenas 21,97% de esgoto coletado, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS/2020), do Ministério das Cidades. De acordo com a Ambiental Ceará, responsável pelo saneamento no município, Juazeiro tem 41% de rede construída e a maior estação de tratamento da região.

Apesar da boa perspectiva, Juazeiro enfrenta desafios pela má distribuição dessas redes. De acordo com a assessoria de imprensa da Ambiental Ceará, bairros como Pirajá têm aproximadamente de 93% de rede, enquanto Triângulo e Antônio Vieira têm menos de 1%. Hoje, a Ambiental trabalha na ampliação de 64 km de rede em bairros menos assistidos.

Em outros municípios do Cariri, a situação é ainda mais desafiadora. Há municípios sem nenhuma rede coletora instalada. Nestes casos, é preciso construir toda a infraestrutura partindo do zero. Esses são os casos de Nova Olinda e Farias Brito, também assistidas pela Ambiental Ceará. Em municípios como Santana do Cariri há cerca de 70% de cobertura, mas sem estação de tratamento, impedindo que a rede seja ativada.

O serviço é de responsabilidade do Governo do Estado, nos municípios que não fazem a gestão da água. No Cariri, a Companhia de Águas e Esgotos do Ceará (Cagece), em Parceria Público Privada (PPP) com a Ambiental Ceará, iniciou obras de saneamento em Juazeiro do Norte, Missão Velha, Nova Olinda, Farias Brito, Barbalha e Santana do Cariri.

Franklin Nobrega, engenheiro civil e especialista em saneamento, avalia que a PPP foi a melhor maneira encontrada pelo Estado para acelerar o processo de universalização do esgotamento. Segundo ele, a parceria “levará Juazeiro do Norte e demais municípios do RMC (Região Metropolitana do Cariri) a alcançar as metas de universalização muito antes do prazo final”. Os investimentos no Cariri devem ultrapassar R$ 2 bilhões.

Segundo a lei do Marco Legal do Saneamento, até 2033 os municípios brasileiros devem ter 90% de cobertura de rede coletora de esgotos e 99% de rede de abastecimento de água.

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