A 30ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30) tem proporcionado debates sobre a crise ambiental enfrentada mundialmente, com o Ceará apresentando estratégias para ampliar projetos ligados ao Hidrogênio Verde (H2V). Em meio a isso, a UFCA anunciou que sediará, em 2026, o II Congresso Internacional de Políticas Públicas, Territorialidades e Diferenças, que terá como tema “Justiça Climática, Tecnologias Socioambientais e Saberes Tradicionais”.

O evento deve ser realizado entre os dias 11 e 13 de março de 2026, no Campus Juazeiro do Norte. Promovido pelo Laboratório de Estudos em Políticas Públicas, Territorialidades e Diferenças (Uné), o congresso contará com mesas-redondas, oficinas, minicursos, vivências e atividades culturais, reunindo pesquisadores, estudantes, artistas, comunidades tradicionais e representantes de movimentos sociais, que submeteram trabalhos e produções científicas e acadêmicas.

Ceará na COP 30

O congresso parte da preocupação socioambiental com as mudanças climáticas, refletido no trabalho apresentado pelo estado do Ceará na COP 30, que tem como tema central o recaatingamento. Localizado em uma área da Caatinga, o Cariri possui projetos desenvolvidos pela Fundação Araripe, do Crato, contra a desertificação do bioma em Irauçuba, território considerado um dos núcleos críticos de desertificação no Brasil. “Definimos o recaatingamento como tema prioritário para a COP e construímos o debate de forma ampla, envolvendo diversos órgãos do Governo do Estado do Ceará. Estamos felizes em trazer para a COP uma discussão que foi amplamente construída no Ceará, desde o setor social ao setor produtivo”, ressaltou Vilma Freire, secretária do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Estado do Ceará.