Jornal do Cariri
Entidades atuam no combate ao bullying nas escolas
Participação da família colabora para diminuição dos índices de violência nas escolas
Foto: Rovena Rosa/ Agência Brasil
Joaquim Júnior
25/07/23 10:00

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), aponta que 23% dos estudantes afirmaram ter sido vítimas de bullying nas escolas. O estudo ainda aponta que cerca de 13,2% dos adolescentes já se sentiram ameaçados, ofendidos e humilhados em redes sociais ou aplicativos. Para combater essa realidade no Cariri, entidades realizam ações que incluem acompanhamento psicológico e a proximidade com as famílias.

Em Juazeiro, de acordo com Willyam Sousa, assessor de programas e projetos da Secretaria de Educação (Seduc), há o acompanhamento dos casos de bullying através de parceria entre a escola e os técnicos de acompanhamentos de cada uma delas. Ao estarem cientes das situações, eles atuam no sentido de visualizar a melhor intervenção para o caso e quais medidas serão necessárias para solucionar.

“Através da Assessoria de Programas e Projetos Educacionais (APPE), essa temática é discutida em seus desdobramentos em cada programa e/ou projeto, trazendo discussões que estão intrínsecas ao seu fazer”, explica William. Como exemplo, ele cita que uma escola pode solicitar ao setor a realização de uma intervenção coordenada pelo projeto Círculo de Mediação de Conflito e Construção de Paz com a turma onde ocorreu o caso de bullying ou, caso necessário, um trabalho contínuo em toda a escola.

Como destaca o assessor, o combate ao bullying, quando se fala em educação, deve ser um trabalho constante, visto que ele impacta diretamente no rendimento e na permanência escolar. “Por isso, é colocado como prioridade no Programa Educação e Família e o projeto Família Presente, programas que trabalham diretamente com as famílias. Essa parceria é fundamental para minimizar as situações de bullying”, relata, ao mencionar que, através de círculos formativos com palestras e oficinas, busca-se a aproximação das famílias com o cotidiano escolar dos filhos no acompanhamento da tríplice aliança entre escola, família e Seduc.

O presidente da Associação das Escolas Particulares do Cariri (AEPC), Eliab Hazael, explica que a instituição busca desenvolver e ampliar a autonomia de cada instituição da livre iniciativa. Cada escola, dentro da parte metodológica educacional e na parte estrutural interna, é livre para ter própria sua iniciativa, conforme seu regimento interno, aprovado junto aos Conselhos Municipal e Estadual, além do Ministério da Educação. “Um dos grandes trabalhos que a livre iniciativa está fazendo nos últimos dois anos, principalmente no período da pandemia, é um trabalho sócio-emocional trabalhado na grade curricular da criança. Isso ajuda no combate ao bullying e em diversas outras problemáticas que existem na nossa sociedade”, afirma.

Um dos pontos que ele destaca como importante no combate ao bullying é que a família procure, no ato da matrícula, identificar a escola, qual metodologia utiliza, se possui documentação, é regularizada e reconhecida junto ao Ministério da Educação e conselhos de educação etc. “Através dos próprios site dos conselhos, a pessoa consegue fazer essa identificação”, afirma Eliab. Com isso, ele cita a importância da família não apenas cobrar por estar pagando, mas se tornar parceira para que, em situações assim, elas acompanhem e busquem solucionar, juntos, os problemas que surjam.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
RECOMENDADAS PARA VOCÊ
PUBLICIDADE
RECOMENDADAS PARA VOCÊ