JORNAL DO CARIRI _CURSOS-PROMO_970X120
Doação de órgãos cresce 32,55% no Cariri
Setembro marca a luta por doação de órgãos
Foto: Arquivo HRC
Joaquim Júnior
13/09/22 0:00

A doação de órgãos no Cariri, durante os oito primeiros meses de 2022, registrou aumento superior de 32,55% quando comparada com os registros de todo ano anterior – foram 114 entre janeiro e agosto e 86 em 2021. Até o final do mês, o Setembro Verde homenageia a doação de órgãos – em Juazeiro, até o Padre Cícero recebeu iluminação especial.

Na região, há captação tanto de órgãos, a exemplo de coração, fígado e rins; como de tecidos, a exemplo das córneas. A Organização de Procura de Órgãos (OPO), instalada no Hospital Regional do Cariri (HRC), atua desde o acompanhamento de pacientes doadores na região aos processos de doação em si para que sejam concluídos com sucesso pelas equipes responsáveis.

Wagner Brito, enfermeiro da OPO, conta que os órgãos são distribuídos para o Estado de acordo com a fila existente. Para a realização da doação é necessário que a família autorize o procedimento – daí ser importante que a pessoa mostre o desejo em vida. Há dois tipos de doadores: com o coração parado, que se incluem pessoas com idade entre 02 e 70 anos que cheguem a falecer; e aquelas que evoluem para morte encefálica.

Como explica Wagner, o procedimento de captação é realizado em centro cirúrgico nos hospitais – e apenas o órgão que for utilizado para o transplante é retirado, sem mutilação. Quando identificado um paciente para doação, equipes de Fortaleza são acionadas e se deslocam para o Cariri em aeronaves cedidas pela Casa Civil.

A distribuição fica a cargo da Central de Transplante do Estado, já que a OPO não tem gerência sobre o destino de cada órgão ou tecido. O procedimento só é feito após a confirmação da morte do paciente. “São médicos especialistas que fazem uma avaliação criteriosa para definir se a pessoa está ou não com a morte encefálica”, enfatiza o enfermeiro.

Em situações de doador do coração, duas equipes são disponibilizadas em duas aeronaves: uma para o coração e outra para os demais órgãos. Tudo como uma corrida contra o tempo – o coração deve ser transportado em até quatro horas desde o local de retirada até o que ocorrerá o transplante, realizado em Messejana. Para isso, os Departamentos Municipais de Trânsito são essenciais no apoio.

“Doar é um ato nobre, bonito. Seguimos os ensinamentos de Jesus Cristo. Ele foi o principal doador. Ele doou a vida por todos nós. Para ser um doador, precisa somente comunicar a sua família. Até porque quem define a doação são os seus familiares. A doação não mutila. Para quem não sabe, não se percebe, porque no local em que foi retirado o órgão é feito um curativo. Não existe mutilação. Quando é doador de córneas não fica deformada a face. A gente faz a retirada do globo ocular e coloca uma prótese. Ela simula o olho da gente. Ele vai coladinho, sem ponto ou curativo. Do jeito que a pessoa estava será sepultada. “Já tiveram várias falas dos familiares que aquela doação estava vindo como um bálsamo para aliviar a dor da perda.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE PUBLICIDADE
RECOMENDADAS PARA VOCÊ
PUBLICIDADE
RECOMENDADAS PARA VOCÊ
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE