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Desrespeito às regras da transição de governo
12/11/24 0:00

Passados mais de 30 dias das eleições municipais, pelo menos, quatro municípios do Cariri não iniciaram a transição de governo. Tensão política ou falta de respeito às urnas? O que teria acontecido para que Campos Sales, Tarrafas, Potengi e Nova Olinda perdessem os prazos de 21 de outubro e 1º de novembro, respectivamente, para publicação de decreto e início dos trabalhos da comissão de transição? Só não podem apontar desconhecimento das regras. Elas estão em cartilha distribuída pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) aos municípios. Até o dia 29 de outubro, 21 cidades cearenses não tinham iniciado a transição. A avaliação do TCE é que, na maioria dos casos, o prefeito eleito é adversário do gestor atual e isso pode ter dificultado o diálogo. Claro, não justifica! No Cariri, Nova Olinda e Potengi têm prefeitos eleitos aliados dos atuais. Nesse caso, o argumento serviria apenas para Tarrafas e Campos Sales, onde os lados são adversários e o clima permanece tenso. Só pra lembrar: a responsabilidade de iniciar a transição é da atual gestão.

Nova Olinda responde sobre a transição da gestão

A ausência de transição cobrada a quatro municípios do Cariri motivou respostas de apenas um: Nova Olinda. O prefeito Ítalo Brito (PT) garante que o tramite está sendo seguido e a transição está a todo vapor. Ítalo chegou a registrar nas redes sociais uma reunião com o prefeito eleito, Leo Brito (PT), ainda no dia 7 de outubro, um dia após a eleição, mas a publicação não teve caráter oficial. Outras ações práticas, como o anúncio da publicação de edital para concurso público com cerca de 120 vagas, também entram como preparação para a próxima gestão do prefeito eleito Leo Brito (PT). Tudo estaria sendo pensado pelos dois, mesmo antes da passagem de cargo. Ítalo foi o responsável pela eleição de Leo.

Seis municípios do Cariri fora do Selo Unicef

Os avanços nas políticas públicas voltadas a crianças e adolescentes entre os municípios do Cariri são evidentes. Dos 29 municípios da região avaliados para o Selo Unicef, apenas seis não foram certificadas. Abaiara, Caririaçu, Jardim, Missão Velha, Santana do Cariri e Tarrafas não conseguiram atender aos parâmetros estipulados para avanços em saúde, educação e proteção contra a violência infanto juvenil. A analise inclui cobertura vacinal, taxa de abandono escolar e proteção a crianças e adolescentes, entre 2021 e 2024. Dos seis municípios, dois tiveram prefeitos reeleitos e os outros quatro terão novos gestores. Eles terão mais quatro anos para dar uma resposta positiva a população sobre suas políticas públicas voltadas a nossa juventude. Vamos aguardar!

Disputa silenciosa na nova Câmara de Assaré

Apesar de acontecer apenas entre a base política do prefeito reeleito Libório Leite (PSB), a disputa pelo comando da Mesa Diretora da Câmara de Assaré está bem concorrida. Isso porque dos nove vereadores que fazem a base aliada eleita em 6 de outubro, cinco querem ser presidente. Mesmo sem alarde, Sargento Celso (PDT), Anísio David (PSB), João Laercio (PSB), Zé de Leticia (PSB) e Professora Vilange (PSB) não abrem mão de comandar a Casa. No grupo, a ideia é evitar que a disputa chegue ao plenário em disputa direta do voto. Uma reunião está sendo articulada para acontecer, até dezembro, para definir o nome. Do lado da oposição, que não lançará candidatura, a ideia é marcar posição. Terá que torcer para que não haja consenso e a disputa chegue ao plenário para se valorizar.

Enquanto isso:

O prefeito reeleito de Farias Brito, Deda Pereira (PDT), garante que sua gestão já começou a corrigir problemas apontados pela população durante o processo eleitoral. E tudo começou mesmo antes do resultado da eleição.

No dia 4, Deda deu as primeiras respostas ao entregar novos veículos para distribuição dos alimentos da merenda escolar entre as 21 escolas. A ideia é dar mais agilidade para que os alimentos cheguem mais frescos.

No mesmo ritmo de cobranças, aqui da oposição, em Missão Velha, o prefeito Dr. Lorim (PSB) está sendo questionado pelos mais de R$ 3,5 milhões gastos com o contrato do lixo em apenas oito meses.

A oposição garante que o lixo é o mais caro do Cariri, quando dividido pelo número de habitante (per capita). Seriam cerca de R$ 93 reais para cada um dos 36,8 mil habitantes. Uma denúncia deve chegar ao Ministério Público.

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