Debate político dando espaço a agressão em Farias Brito
27/08/24 0:00

A campanha eleitoral em Farias Brito está substituindo o debate político pelas notícias policiais. No dia 22, uma denúncia de agressão física foi registrada, em Boletim de Ocorrência (BO), por Victor Freitas, morador do Sítio Estrema. Fato corriqueiro, não fossem os prováveis agressores, o empresário Osmano Pereira, marido da candidata a vice-prefeita Raquel Acácia, além do candidato a vereador, identificado apenas como Sassá. Victor relata que foi interceptado por Osmano e Sassá, em sua motocicleta, agredido com um “tapa” no rosto e, ao correr, foi atingido por uma pedra em uma das pernas. Victor disse que temeu pela sua vida. Raquel faz parte da chapa do candidato a prefeito Vandevelder Freitas (PT) e Sassá é candidato a vereador pela coligação. No depoimento, Victor alega motivações políticas, por apoiar a reeleição do prefeito Deda Pereira (PDT), e garantiu que vai processar os dois criminalmente. Nas redes sociais, apoiadores de Deda pedem providência. É preciso uma resposta da polícia para que o pleito não vire uma guerra entre os grupos políticos.

Tensões políticas em Tarrafas e Caririaçu

E a chegada da campanha política trouxe, além de denúncias de violência, suspeitas de compras de votos e aliciamento de eleitores. Ou seja, tudo dentro da normalidade. Em Tarrafas, a chapa governista, liderada pelo Professor Palácio (PT), acusa formalmente a oposição, do ex-vereador Eronildes (PSB), de compra de votos. No processo, está anexado um vídeo, mas as imagens não são conclusivas. Há quem garanta ser uma tentativa de resposta ao grupo de Eronildes, que tentou viralizar um falso atropelamento cometido por Palácio. Já em Caririaçu, uma eleitora gravou dois vídeos: um a favor de Acácio e outro a favor de Adriana. Disse que foi obrigada no vídeo de Acácio. Típicos casos de tensionamento políticos eleitorais, sem nada de comprovações. É o dito pelo não dito!

Mudança na chapa de oposição em Nova Olinda

A chapa de oposição em Nova Olinda tem nova configuração. O empresário Gerlanio Sampaio (MDB) acabou desistindo da disputa e apontou sua mulher, Diógena Sampaio (PP). Gerlanio teve a candidatura indeferida e até poderia ter recorrido da decisão, mas preferiu sair. Acusou perseguição política. Em um vídeo, nas redes sociais, disse que o grupo governista tentou de todas as formas calar a oposição, perseguindo lideranças e tentando tomar partidos. Gerlanio garante que o grupo permanece forte e focado em ganhar a eleição. A nova chapa será 100% feminina, já que a candidata a vice é a ex-vereadora Socorro Matos. As duas são filhas de Nova Olinda. E isso pode ser diferencial na disputa.

Monica Mariano mais uma vez na mira da Justiça

Depois de muitas decisões contrárias da Justiça, todas sem cumprimento, a prefeita de Jati, Mônica Mariano (PT), está diante de mais uma denúncia. Desta vez, o Ministério Público Eleitoral pede explicações à prefeita sobre denúncias de abuso de poder econômico e uso da máquina pública para se reeleger. Em uma das denúncias, Monica é acusada de distribuir combustível para garantir público em um de seus eventos políticos, no distrito da Carnaúba. Monica é proprietária de um posto de combustíveis. A denúncia é apoiada em um áudio vazado de uma diretora de escola, mulher do secretário de Administração. A outra denúncia é sobre um aumento significativo no quadro de contratados temporários, em troca de apoio eleitoral. A pergunta é: será que Monica responde aos promotores?

Enquanto isso...

Em Salitre, quem responde por abuso de poder é o prefeito Dodó de Neoclides (PSB), por utilizar a publicidade institucional para marketing pessoal. A denúncia é do candidato da oposição, Rondilson Ribeiro (PT).

A denúncia aponta o site da Prefeitura e materiais de mídia financiados com recursos públicos em veículos diversos. As postagens e divulgações exaltam o prefeito e o seu candidato a vice, Francisco Viana (PSD).

Em Potengi, o candidato do PT, Luã Almino, teve mais uma derrota no Judiciário. Ele foi condenado a pagar multa de R$ 5 mil por propaganda eleitoral antecipada, ainda na pré-campanha.

Luã recorreu, mas o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) negou o recurso que pedia revisão da sentença. E o TRE ainda majorou a multa para R$ 10 mil. A decisão é um duro golpe político na campanha de Luã.

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