Jornal do Cariri
Cresce a procura por imóveis residenciais durante a pandemia
Por outro lado, houve aumento no número de imóveis comerciais vazios.
Foto: Divulgação
Robson Roque
28/07/20 19:00

A pandemia do novo coronavírus afetou o setor imobiliário negativamente. No caso dos imóveis residenciais, a necessidade de ficar em casa, em razão do isolamento social, resultou na procura por imóveis maiores e mais confortáveis. Com isso, o financiamento para a casa própria obteve novos impulsos com a ampliação de ofertas, bônus e modalidades novas de pagamento. “A pandemia trouxe um boom no mercado imobiliário do Cariri. Há anos, não tínhamos um mercado tão aquecido. Com mais tempo disponível para procurar o imóvel e com uma nova percepção sobre a moradia, os caririenses estão comprando casas melhores e maiores”, diz a consultora imobiliária Raqueline Dantas, que atua na venda de imóveis residenciais.

De acordo com o empreendedor imobiliário Fagner Canuto, enquanto a procura por imóveis comerciais diminuiu, a busca por imóveis residenciais aumentou. “Muitas pessoas procuraram imóveis até maiores, porque a necessidade de ficar em casa, agora durante a pandemia, é bem maior e houve essa necessidade de migrar para imóveis melhores”, diz. Ele ressalta que a mudança de uma morada para outra também se deu em razão da privacidade. “Até porque precisa-se de mais espaço, filhos assistirem aulas remotas. Enfim, tem que ter uma área privativa maior”, conta. 

Com relação aos comerciais, o que se nota são imóveis vazios. Os decretos municipal e estadual que estabeleceram o fechamento de setores econômicos não essenciais são apontados como fatores que contribuíram para a quebra de muitos contratos de locação. Diante do momento de incertezas, imobiliárias e demais donos de imóveis negociam com locatários, a fim de manter os contratos, por meio de descontos e carências.

“Tivemos que nos adaptar”, diz o empreendedor imobiliário Fagner Canuto. “Houve várias negociações para evitar fechamento dos imóveis. Tem muitos comerciantes e empresas que precisaram trabalhar em home office,e a ocupação dos espaços e até o faturamento foi reduzido. Então, foi necessário fazer alguns acordos. Entendemos que as partes precisam usar o bom senso e foram tomadas várias providências para fazer ajustes nos contratos de locação, principalmente”, completa Canuto, que também é assessor de comunicação do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) do Cariri. 

Ainda de acordo com Canuto, não é possível prever quando o setor de imóveis comerciais vai se recuperar da crise. “Precisamos aguardar como será o comportamento da economia após a reabertura do comércio. Não dá para fazer previsões agora, até porque precisamos compreender quem suportou esse período de fechamento e pretende permanecer nos imóveis ocupados”, conclui.

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