Já se passaram quatro anos desde que a Organização Mundial da Saúde foi informada sobre casos de covid-19, em dezembro de 2019. Três meses depois, em 19 de março de 2020, era confirmado o primeiro caso da doença no Cariri: uma mulher de 63 anos, que uma semana antes havia chegado de São Paulo. Desde então, a região registrou 248.618 casos e 3653 óbitos em decorrência da infecção. 

A produção de vacinas contra o coronavírus desacelerou a pandemia, cuja classificação de emergência internacional em saúde pública chegou ao fim em maio de 2023. Apesar da melhora no cenário, o coronavírus permanecerá um desafio para as secretarias municipais de saúde. Isto porque a redução das estatísticas de casos e mortes  não são acompanhadas pelo aumento da vacinação, que segue em ritmo lento, especialmente quanto às doses bivalentes.

Apenas sete cidades estão com níveis esperados de aplicação do reforço: Antonina do Norte, Araripe, Farias Brito, Granjeiro, Juazeiro do Norte, Lavras da Mangabeira e Porteiras. Enquanto isso, 15 cidades estão com níveis moderados e seis com índices críticos, abaixo de 60%: Abaiara, Aurora, Jardim, Jati, Nova Olinda, Potengi e Santana do Cariri. 

Houve um aumento em novembro, quando a secretaria estadual de Saúde (Sesa) mobilizou municípios em uma campanha de vacinação. Segundo a coordenadora de imunização da Sesa, Ana Karine Borges, a medida foi tomada após “o alerta do cenário epidemiológico da covid-19 e a identificação das novas variantes”. 

A gestora garante o envio de mais doses para evitar novas altas de casos, como a ocorrida em novembro, iniciada no Cariri. “As ações de vacinação continuarão sendo intensificadas e todos os municípios receberão novas remessas de doses, para dar continuidade às atividades programadas”, assegura Ana Karine.