O confronto entre os irmãos Ciro e Cid Gomes foi visto, logo que terminou as eleições do ano passado, como uma briga sem maiores consequências dentro da oligarquia Ferreira Gomes. Avaliavam que o tempo logo curaria as feridas da acirrada disputa eleitoral marcada pela cizânia entre Ciro e Cid Gomes. Todos estavam errados. Principalmente Cid Gomes, que acreditou no perdão de Ciro. O tempo passou e a mão estendida de Ciro para Cid nunca chegou.
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O que veio foi uma dura reação, com acusações de traição, ingratidão e ataques ao comportamento aético de Cid. Ciente do grave problema, Cid admitiu ter sido covarde no processo eleitoral. Essa confissão não foi suficiente. A mágoa cresceu cada vez mais entre os irmãos. Tanto, que Ciro não concordou com a estratégia do presidente nacional do PDT, André Figueiredo, de abrir mão da presidência estadual pedetista para Cid Gomes pacificar o partido.
No cargo, Cid Gomes concedeu uma carta de anuência para o presidente da Assembleia, Evandro Leitão, deixar o PDT e se preparava para definir o apoio do partido ao Governo Elmano. Foi demais para Ciro. Roberto Claudio e André Figueiredo também reagiram. O caminho usado foi André Figueiredo reassumir o comando do PDT-Ceará.
Cid Gomes não aceitou e foi para o enfrentamento. Perdeu na Justiça e depois ganhou. A solução foi a intervenção decretada na sexta (27), pela executiva nacional do PDT no Ceará. O destino de Cid Gomes é mesmo sair do PDT. E como antecipado aqui, se filiar ao Podemos.