Jornal do Cariri
Caririaçu se destaca em produção de fava e milho híbrido
A nível de Cariri, cerca de 12 mil toneladas de milho híbrido foram distribuídos aos municípios pelo Programa Hora de Plantar.
Gerente da Ematerce acompanha colheita da fava em Caririaçu. Foto: Ascom Ematerce
Joaquim Júnior
20/09/20 8:30

Por ano, cerca de 1.100 famílias de Caririaçu participam do cultivo híbrido de fava e milho, que chega a uma área plantada de 1.200 hectares. A produção da fava varia conforme o solo, podendo ir de 500 kg/hectare a 1.500 kg/ha em solo mais fértil. A produtividade do milho, por sua vez, varia entre 1.500 e 2.000 kg por hectare. No consórcio, as sementes selecionadas que os agricultores utilizam são oriundas do programa Hora de Plantar, que no Cariri distribuiu 12 mil toneladas de milho híbrido aos municípios.

De acordo com Sérgio Linhares, gerente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) em Juazeiro, a produção de fava esperada para este ano, em Caririaçu, é de 900 toneladas. “Fava tem muita aceitação no mercado do Nordeste. É muito apreciada e consumida pelo nordestino”, comenta, ao citar que o preço do saco de 60 kg do produto, em nível de produtor no momento, está em torno de R$ 300. A partir do mês de dezembro, geralmente, o preço tende a subir.

“A cultura da fava, conhecida também como feijão fava, é cultivada no município de Caririaçu em regime de consórcio com o milho, formando um casamento perfeito, uma simbiose, onde o milho oferece o suporte para a rama da fava crescer e se desenvolver e, como recompensa, recebe o nitrogênio fixado no solo pela leguminosa fava”, relata Sérgio. Ele cita que, no Município, os produtores utilizam  áreas pequenas, no máximo quatro hectares, a exemplo dos irmãos Cícero Vilar e Edson Vilar, da localidade de São Lourenço, com quatro e três hectares, respectivamente.

O gerente da Ematerce cita, ainda, que fava é uma cultura rústica que se desenvolve bem no clima semiárido nordestino, além de ser uma ótima fonte de alimento rico em proteínas. “Tanto serve de alimento para o ser humano, como para as criações de bovinos, suínos e caprinos. É também uma excelente fonte de renda e mão de obra, principalmente na época do verão, onde acontece sua colheita”, completa. Quanto à comercialização, Sérgio garante que o agricultor não tem dificuldade na venda. A produção se destina aos atacadistas e varejistas que estocam em armazéns de cidades como Caririaçu e Juazeiro, para, então, adentrar nos mercados em diversas cidades do Nordeste.

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