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Cariri tem 136 mil pessoas vivendo em áreas de conservação ambiental
Crato é o 4º município do Ceará com mais pessoas em áreas de conservação
Foto: Governo do Ceará
Robson Roque
15/07/25 0:00

A região do Cariri tem a unidade de conservação (UC) com mais habitantes no Ceará: a Floresta Nacional do Araripe-Apodi (Flona), abrangendo as cidades de Barbalha, Crato, Jardim e Santana do Cariri. Conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 136.768 pessoas residem em unidades de conservação na região.

As estatísticas divulgadas na última sexta-feira (11) indicam a existência de 133.776 pessoas residindo na Flona. Entre elas, 17.350 moram na UC do Sítio Cana Brava, em Santana do Cariri, e 12.957 no Sítio Riacho do Meio, em Barbalha, ambas consideradas monumentos naturais.

Ao todo, 16 das 29 cidades caririenses têm pessoas morando em alguma unidade de conservação. Quase toda a população de Jardim mora em uma área do tipo: são 26.749 pessoas, o que representa 97% dos 27.411 jardinenses. Cenários semelhantes são observados em Salitre e Araripe, que têm 91% e 83% da população moradora de UCs.

Crato é o quarto município cearense com mais pessoas morando em UCs: com 28.752, a cidade caririense fica atrás apenas de Fortaleza (59 mil), Viçosa do Ceará (59 mil) e Tianguá (36 mil). Jardim é a quinta cidade com mais residentes em UCs, com 26.749, Araripe é a sétima, com 16.501 e Salitre a oitava, com 15.288 moradores.

Crescimento desordenado
Áreas protegidas por leis, as unidades de conservação foram criadas para preservar a biodiversidade, os recursos naturais e a cultura local. Existem dois grupos principais de UCs: de proteção integral e a de uso sustentável que, neste caso, concilia a conservação com atividades humanas. Órgãos como a Superintendência Estadual do Meio Ambiente e o Ministério Público do Ceará (MP) atuam na preservação das áreas.

Unidade mais habitada do Ceará, a Flona tem enfrentado diversas irregularidades em atividades agrícolas e ambientais. Entre os crimes constatados numa operação de fiscalização realizada no mês passado, estão funcionamento de estabelecimentos sem licença ambiental, armazenamento inadequado de agrotóxicos, reutilização irregular de embalagens, falta de receituário agronômico e exercício ilegal da profissão.

Oito propriedades seguem sob investigação, sobretudo pela extensão dos empreendimentos e devido à falta de documentos no momento da fiscalização. A 6ª Promotoria de Justiça do MP em Crato tem combatido a expansão imobiliária na Chapada do Araripe, especialmente na Serra dos Visgueiros. Conhecido como um distrito turístico na cidade, o local enfrenta um crescimento desordenado que, segundo o promotor de Justiça Thiago Marques, tem reduzido espécies da fauna, inclusive algumas ameaçadas de extinção.

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