Jornal do Cariri
Barbalha estuda programa para combater falta de remédios
Programa será criado em parceria com farmácias
Foto: Agência Brasil
Robson Roque
05/09/23 17:00

A população dos municípios do Crajubar tem reclamado da falta de remédios nas unidades de saúde dos municípios. Por outro lado, as gestões relatam dificuldades em fornecer medicamentos para a população. No Ceará, a compra de remédios é feita de maneira pactuada: mensalmente, 182 municípios enviam uma parte dos recursos, o Estado complementa e se encarrega de adquirir e distribuir para as prefeituras. As exceções são apenas Fortaleza e Sobral, que adotaram outras modalidades.

O prefeito de Barbalha, Guilherme Saraiva, determinou um estudo sobre impactos financeiros para o lançamento de um programa semelhante ao Farmácia Popular, do Governo Federal. A ideia, segundo ele, é firmar convênios com farmácias que atuam no Município, para que, no caso de faltar medicamento no sistema público de saúde, “a pessoa poderá ir a uma farmácia credenciada e pegar o remédio de forma gratuita”.

Para o prefeito, o fornecimento de medicamentos é um dos principais gargalos enfrentados pelas prefeituras. Lidar com fornecedores está entre os desafios mencionados por ele. O gestor relata casos em que uma empresa reduz o preço de remédios para poder vencer uma licitação, mas “não consegue entregar o medicamento e vem propor coisa errada para a Prefeitura. Tem uma infinidade que não é exclusiva de um Município”.

No programa municipal, Guilherme ainda pretende tabelar os preços dos medicamentos, como um mecanismo para “evitar corrupção”. Ele acrescenta que o principal foco do fornecimento serão as patologias em que as pessoas precisam tomar o remédio todos os dias, além de itens ainda não fornecidos pelo Governo Federal, para patologias como fibromialgia e transtorno do espectro autista, por exemplo. “O programa está sendo desenhado para conseguir melhorar esse ponto”, conclui o prefeito.

Ao Jornal do Cariri, a Secretaria da Saúde do Ceará informou ter atendido 95% do fornecimento de medicamentos e insumos para a Atenção Básica, composta por 106 itens, e 90% para a secundária, formada por outros 40 itens. Segundo a pasta estadual, “em caso de eventuais atrasos na entrega dos medicamentos, o fornecedor é prontamente notificado dentro dos prazos legais”.

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