A guerra contra o vírus
20/04/21 0:00

A flexibilização no Ceará vai continuar, segundo anúncio do Governo do Estado. Mas, a guerra deflagrada à covid-19 não está perto de acabar. Resta aos gestores municipais seguir os bons exemplos. Entre a guerra travada pela gestão da prefeita Gislaine Landim, em Brejo Santo, que ultrapassou os 100 óbitos, e a prevenção de municípios como Antonina do Norte, tentando se manter abaixou da média, o Cariri aprende lições. Em Brejo Santo, a gestão ampliou a vacinação e a testagem, sem se descuidar do aumento de leitos e orientação à população. Antônio Filho, prefeito de Antonina, intensificou as barreiras sanitárias, aumentou as rondas de fiscalização e está fazendo desinfecção na cidade. Aurora preferiu enviar projeto à Câmara, criando cozinha comunitária, com o foco na segurança alimentar. Todas as ações são validas e obedecem ao mesmo objetivo, combater o vírus e seus efeitos. Essas ações poderiam estar presentes na maioria dos municípios.

Dando banana

É para perdoar o trocadilho, mas não tem como deixar passar em branco a banana que o prefeito de Mauriti, Isaac Júnior, deu para a população. Claro, uma penca da fruta como parte de uma cesta básica ou kit merenda, muito criticada pela população que recebeu o benefício. Na cesta, alvo de muitas reclamações nas redes sociais e pelas esquinas da cidade, estavam, além das bananas, outros itens como um quilo de arroz e um pacote de biscoito. Horas na fila e muita revolta. Houve quem pensou em devolver, acusando sentimento de humilhação. Se o prefeito Isaac tentou abafar a ação dos vereadores oposição, que distribuíram cesta básica, acabou vendo o “tiro sair pela culatra”. Nas suas redes sociais, o prefeito preferiu o silêncio. Mas, pelo menos por enquanto, não está circulando nas ruas da cidade. Isaac teme ouvir o que a população tem a dizer.

Auxílio emergencial

Como crise pouca é bobagem em Farias Brito, a atual gestão do prefeito Deda Pereira está deitando e rolando com a informação de que o ex-chefe de gabinete, Ygor Menezes, está na lista dos beneficiários do auxílio emergencial para profissionais do setor de eventos. Ygor é cunhado do ex-prefeito Zé Maria e exerceu o cargo entre os anos de 2017 e 2020. Mas, a polêmica não é apenas com relação a necessidade do ex-chefe de gabinete. A dúvida, que pode virar denúncia aos órgãos de fiscalização, é se Ygor teria desenvolvida uma atividade relacionada. O auxílio é destinado a pessoas que desempenharam funções como músicos, humoristas, profissionais de circo, técnicos, montadores de palcos, cerimonialistas, decoradores, recepcionistas, fotógrafos e cinegrafistas. A polêmica tende a aumentar, já que o clima ainda é de campanha.

Vai ter temporário

Como era previsto pela própria base do prefeito Deda Pereira, em Farias Brito, a queda de braço entre a gestão e os professores concursados está apenas começando. Recentemente, a Justiça concedeu liminar garantindo a ocupação dos cargos de coordenadores e diretores das escolas públicas municipais apenas por servidores efetivos, com qualificação e experiência comprovadas. Nas palavras do procurador geral do Município, Jerônimo Correia, “as nomeações foram consideradas nulas porque ainda não houve alteração na Lei”. Ou seja, a decisão continua nas mãos da Câmara de Vereadores, aquela, onde os vereadores brigam em bares para saber quem consegue nomear mais pessoas dentro da administração. Os professores efetivos prometem continuar lutando na Justiça. Mas, enquanto uma nova decisão não chega, a briga na Câmara continua. Quem indica mais?

Que nomeações!

Mas, para quem acha que a crise na gestão Deda Pereira está perto de terminar, continua enganado. A mais recente é uma denúncia encaminhada ao Ministério Público, questionando os vencimentos do professor, conhecido como Cícero Baixinho que, por um acaso, é vereador e aliado do prefeito Deda. Cícero Baixinho está lotado na escola Antônio Paes de Andrade com 20h, mas sua remuneração é equivalente à 40h. Para piorar a situação, o vereador é acusado de nunca ter comparecido à escola. Como nada é tão ruim que não possa piorar, uma pessoa, cujo nome vou preservar, nomeada para cargo de chefia na Educação do Município, foi presa em Iguatu, acusada de formação de quadrilha. Agora, a oposição tenta descobrir quem foi o vereador que indicou. A pessoa é chefe do setor de expediente de documentos escolares.

Sem assistência

Mesmo com a comprovação científica sobre a necessidade de assistência psicológica à população, diante da pandemia de covid-19, em Jati, a realidade é de caos em serviços como o CRAS. Na cidade, há apenas uma psicóloga, que talvez, pela sobrecarga, enfrente denúncias de abuso, onde a população se diz ameaçada e humilhada durante os atendimentos. Claro, tudo sem comprovação. Certo mesmo é que, nos últimos dias, o setor suspendeu as consultas, ficando apenas triagem. O resultado foi outra denúncia de que a profissional estaria atraindo os pacientes para seu consultório particular, o que fere o código de ética da profissão. E mais, a Secretaria de Ação Social perdeu recursos de R$ 30 mil mensais do programa de serviços de convivência. O Município não se inscreveu no sistema do Estado. Em Jati, antes de tudo, parece faltar compromisso.

Enquanto isso...

... Ainda em Jati, as redes sociais estão cheias de protestos contra a gestão da prefeita Mônica Mariano. Em uma dessas críticas, um provável eleitor colocou fogo em uma bandeira do PSD de Mônica na rua e filmou tudo. A voz que aparece no vídeo fala: “o que não presta, o cabra tem é que queimar mesmo”. O autor não é identificado.

... Um dos motivos para tanta revolta pode vir de algumas nomeações feitas por Monica para sua gestão. A prefeita nomeou para seu gabinete familiares de um ex-prefeito que deixou o funcionalismo público sem receber salários por até oito meses. Para muitas pessoas, é o retorno a velha política criticada pela prefeita, que se colocava como o novo.

... Em Potengi, ainda repercute a viagem do prefeito Edson Veriato ao lado do assessor (fotógrafo) conhecido como Wiliam à Brasília. O detalhe é que Wiliam era assessor da ex-prefeita Alizandra, por quem hoje é acusado de traição. Tanto que foi nomeado no dia 1º de janeiro. Outro que teve o fotógrafo como assessor foi Giovane Guedes, em Araripe.

... Para piorar a situação do prefeito Edson Veriato, nenhuma associação de Potengi foi selecionada para o projeto São José IV. Nesse caso, a repercussão negativa é porque Edson deixou a presidência das associações para assumir a Prefeitura, prometendo melhoras no movimento. Mas, piorou. As associações reclamam de abandono por parte do prefeito.

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