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Mesmo imunizada, população deve manter medidas preventivas
Situação epidemiológica atual não será totalmente controlada em curto prazo
Uso de máscara e de álcool em geral continuará sendo orientado. Foto: Pexels.com
Juliana Sátiro
05/01/21 8:30

Desde o início da pandemia do Sars-Cov-2, vírus sobre o qual não existia conhecimento, cientistas de todo o mundo iniciaram a busca pela vacina. Atualmente, o processo de vacinação já começou em alguns países. No Brasil, de acordo com o Ministério de Saúde, o início está previsto para o dia 20 de janeiro. Por mais que vacinas consideradas seguras e efetivas já tenham sido desenvolvidas, para que elas tenham efeito denso, cientistas recomendam que medidas preventivas como o uso de máscara, distanciamento social e manter a limpeza das mãos devem ser mantidas.

De acordo com Lívia de Sousa Rodrigues, enfermeira e mestre em Saúde da Família pela Universidade Regional do Cariri (Urca), a situação epidemiológica atual não será totalmente controlada em curto prazo. “Quem conhece um pouco sobre epidemiologia, disseminação de agentes infecciosos e do próprio processo de vacinação, compreende que a pandemia só será barrada em médio e longo prazo”, afirmou. Entretanto, ela explica que quanto antes iniciado o processo de vacinação e mantidas as medidas preventivas, mais rapidamente essa cadeia de transmissão poderá ser interrompida.

A imunização individual é de extrema importância, mas ao se tratar de vírus, precisa-se pensar em termos coletivos. Diante disso, a mestre em Saúde da Família explica que até que se alcance uma cobertura vacinal segura, capaz de impedir a circulação do vírus, existe a necessidade de permanência das medidas preventivas. “Nós vamos precisar manter os cuidados por bastante tempo, pois o alcance do percentual de pessoas vacinadas suficientes vai demorar um pouco. Não é autorizar a vacina hoje e amanhã ter para todo mundo”, ressaltou.

A enfermeira também falou sobre os movimentos antivacina que vêm crescendo. “Algumas correntes que defendem a não vacinação argumentam o risco da administração de diferentes vacinas”, explicou. Ela afirma que se as pessoas lessem a bula de qualquer medicamento, provavelmente elas não fariam uso. “A bula traz uma série de possíveis ocorrências decorrentes do uso do medicamento”, afirmou Lívia, ao explicar que com as vacinas acontece o mesmo, o que difere é o acesso à bula, que é praticamente inexistente.

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