A cidade do Crato é a única caririense, e uma das 50 cidades brasileiras, que integra a fase inicial do programa Cidades Modelo Verdes Resilientes, iniciativa vinculada ao Programa Cidades Verdes Resilientes, que prevê a estruturação de 100 projetos voltados à mitigação e à adaptação dos municípios para o enfrentamento da mudança do clima. O Programa, instituído pelo Decreto 12.041/24, tem como objetivo aumentar a qualidade ambiental e a resiliência das cidades brasileiras diante dos impactos da mudança do clima, por meio da integração de políticas urbanas, ambientais e climáticas. A estratégia federal é resultado da união dos esforços dos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA); das Cidades (MCid); e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O Secretário de Meio Ambiente e Mudança do Clima do Crato, George Borges, considera que a inclusão do Crato entre as 50 selecionadas representa um marco transformador em seu desenvolvimento urbano e ambiental, pois trata-se de uma oportunidade de promover o desenvolvimento sustentável, com investimentos em infraestrutura verde, gestão ambiental e resiliência climática. “Além de fortalecer a preservação da Chapada do Araripe, o programa pode impulsionar a economia local, melhorar a qualidade de vida da população e posicionar o município como referência em sustentabilidade no Ceará e no Nordeste”, afirma.

Como divulgado pelo MMA, cada cidade participante receberá suporte técnico para desenvolver duas ações de alto impacto climático: uma voltada à mitigação, para reduzir a emissão de gases que causam a crise climática, e outra focada na adaptação, preparando as cidades para enfrentar os efeitos da mudança do clima. Atualmente, em Crato, o Município desenvolve diversos programas que buscam tais objetivos. Como exemplo, George Borges cita o Programa IPTU Verde; adesão e participação de programas e certificações ambientais; produção de mudas através do Viveiro Municipal do Crato; fomento à coleta seletiva e à reciclagem; programa “Cata-Treco”; recuperação de áreas degradadas; fomento à agricultura orgânica através das feiras de produtos orgânicos; colaboração ao Governo do Estado na instalação de cisternas e captação de água da chuva em áreas vulneráveis; mapeamento de zonas de risco (deslizamentos, alagamentos) e realocação famílias,quando necessário, através da Defesa Civil do Município; programas de Educação Ambiental; e arborização de espaços públicos.

De acordo com o secretário, ainda este mês haverá uma reunião com o representante do Ministério do Meio Ambiente para apresentar plano de trabalho, cronograma e explicar como será realizado o trabalho. A população, conforme destacou, poderá acompanhar o andamento do programa através das redes sociais e do site da Prefeitura, contribuindo ao participar de ações e eventos que serão promovidos, além de encaminhando sugestões através dos canais de comunicação oficiais.