Em poder da PF, anotações revelam patrimônio da ex-prefeita de Jati
16/04/24 0:00

Alvo da Polícia Federal, na operação “Abelha Rainha”, a ex-prefeita de Jati, Neta Diniz, conseguiu construir provas contra ela mesma. Um caderno apreendido pela PF, na casa de Neta, em uma das operações de busca e apreensão, ajudou a desvendar o esquema de desvio de recursos públicos e enriquecimento ilícito. O administrador seria o marido e ex-secretário de Finanças do Município, Antônio Nogueira Neto. É uma verdadeira fortuna em bens adquiridos durante as gestões de Neta. O caderno detalha 39 bens, entre terrenos, casas, apartamentos, garagens, chácara e veículos, sendo 14 em São Paulo. Nenhum declarado à Justiça Eleitoral. Além de corrupção passiva, Neta e o marido respondem por peculato, estelionato e lavagem de dinheiro. Neta foi afastada do cargo de prefeita em 2018, pela mesma operação “Abelha Rainha”, que investiga a gestora e o marido desde 2017. O detalhe é que agora, Neta lançou o marido para a disputa eleitoral deste ano. Na cidade, a avaliação é que Neta quer voltar a cena do crime.

PCdoB começa desembarcar da base de Dodó

A crise na federação PT, PCdoB e PV, em Salitre, parece perto do fim. Depois do anúncio da pré-candidatura do ex-prefeito Rondilson Ribeiro (PT), PCdoB e PV devem ser convidados a deixar a base do prefeito Dodó de Neoclides (PSB). O primeiro a procurar rumo foi o vice-prefeito Viana Felix, que deixou o PCdoB pelo PSD. O exemplo foi seguido pelo ex-secretário de Administração, Heliomar Henis, provável candidato a vereador, pela base de Dodó. Para o PV, o caminho deve ser o mesmo, caso os filiados na gestão insistam no apoio ao prefeito. Depois da demonstração de fidelidade, Viana Felix acredita que continuará na chapa da reeleição. Claro, se Dodó puder ser candidato. Sua conta de 2021 chegou à Câmara desaprovada pelo Tribunal de Contas.

Perseguição política na Câmara de Potengi

A presidenta da Câmara de Potengi, Vanda Tenório (MDB), parece adepta da máxima: se não está comigo, está contra mim. Aliás, levou tão a sério que foi denunciada por perseguição política a servidores da Casa que não declararam apoio a ela. Seis já teriam sido demitidos. Vanda é pré-candidata a vice-prefeita, na chapa de Luã Almino (PT). As demissões estão publicadas no site da Câmara. A denúncia, feita ao Ministério Público, no dia 05, tem detalhes da ameaça feita, descrevendo reuniões nos dias 22 e 23 de março. Vanda e Luan são indicados pelo prefeito Edson Veriato (PT), que desistiu de disputar à reeleição, motivado por um câncer. Sobre a perseguição, Vanda tem muito a explicar aos promotores.

Missão Velha adimplente a base de liminar

O prefeito de Missão Velha, Rosemberg Macedo, o Dr. Lorim (PSB), pode ter inaugurado uma nova fase para as prefeituras afundadas em dívidas. Sem perspectivas de quitar cerca de R$ 180 milhões em dívidas herdadas, o prefeito recorreu à Justiça para fazer convênios e receber verbas voluntárias. A argumentação foi simples: não pode ser punido pelos erros de outros gestores. O Município estava há 12 anos sem poder conveniar. O surpreendente é que a Justiça concedeu a liminar que autoriza o recebimento das verbas e o fechamento dos convênios. Na oposição, a dúvida é se tenta derrubar a liminar, sob risco de ser acusada de prejudicar o Município. A base aliada comemora um fortalecimento para a reeleição.

Enquanto isso...

Ainda em Missão Velha, uma articulação  - do ex-prefeito Gidalberto e do ex-vereador Macedinho - foi fundamental para a indicação da presidente da Câmara, Macielle Macedo (PSD), como vice na chapa de Dr. Lorim (PSB).

A avaliação é que Macielle seria quem mais agrega. A articulação foi feita com vereadores e o próprio Dr. Lorim. O vice-prefeito, Rodrigues Roberto, pai de Gidalberto, teria concordado e o anúncio é questão de tempo.

Em Farias Brito, uma denúncia do vereador Professor Waltene colocou o presidente da Câmara, Raul da Serra, na berlinda. Com base no Regimento Interno da Casa, Waltene pediu o afastamento de Raul da presidência.

Raul é acusado corrupção ativa, em superfaturamento de contratos para aquisição de combustíveis, aluguel de carro e contratação fantasma. Juntos, os contratos chegam a R$ 130 mil. Raul resiste ao afastamento.

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