Prefeito de Potengi assume pedalada com plantões médicos
31/01/23 0:00

O início da gestão do prefeito de Potengi, Edson Veriato (PT), teve pedalada. Pelo menos é o que assume o próprio prefeito, em uma gravação, provavelmente feita sem sua permissão, que vazou nas redes sociais e virou destaque na imprensa estadual. No áudio, Edson admite que manobrou recursos destinados a pagamento de plantões médicos para pagar outras despesas do Hospital Municipal. Para justificar os recursos, acredita-se que as escalas dos plantões foram falsificadas. Se não houve dolo ou desvio de recursos públicos, houve crime de falsificação e desvio de finalidade. A crise divide opiniões na cidade, mas a oposição já decidiu: vai preparar mais uma investigação contra Veriato. Hoje, o prefeito responde por denúncias de irregularidades em uma dispensa de licitação para contratação da empresa do lixo. O relatório, que pede sua cassação, deve ser votado pela Câmara no retorno do recesso, ainda neste mês de fevereiro. A situação política de Veriato é crítica por não ter maioria na Casa.

Vereador de Campos Sales reafirma denúncias
O vereador de Campos Sales, Dr. Robson (Cidadania), reafirmou suas denúncias contra o Instituto Pró-Saúde, que presta serviço ao Hospital do Município. Robson é autor das denúncias que motivaram as investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público (Procap). Funcionários fantasmas e fraude em plantões estão entre as acusações. Em um dos casos citados pelo vereador, o ex-vice-prefeito de Campos Sales, Valdir Júnior, assinou frequência de 24 plantões de 24 horas, no Hospital Municipal, mesmo sendo funcionário em Salitre. No Cariri, além de Campos Sales, os municípios de Salitre e Araripe são investigados. Ao todo, o instituto recebeu R$ 7,7 milhões na região. Os prefeitos estão em silêncio.

Justiça proíbe temporários de Dariomar em Altaneira
Motivado por ação do Ministério Público, o juiz Herick Bezerra Tavares, de Nova Olinda, suspendeu todas as contratações temporárias feitas pelo prefeito Dariomar Rodrigues (PT), em Altaneira. A decisão, publicada dia 19, suspendeu, ainda, nova seleção e garantiu a ampliação dos professores efetivos, revogadas por Dariomar. Antes, o Município foi intimado, se manifestou, mas não convenceu. Prefeito e procurador do Município devem ser intimados para garantir a decisão. A base veio da lei que estabelece o Plano de Cargos e Carreiras. O descumprimento gera multa diária. Na Câmara, a oposição festeja a decisão, mas está preocupada com possíveis manobras de Dariomar para burlar a decisão.

Missão Velha e Penaforte de bem com os professores
Alinhados às demandas da Educação dos seus municípios, os prefeitos de Missão Velha, Rosemberg Macedo, o Dr. Lorim (PDT), e de Penaforte, Rafael Ângelo (PT), partiram na frente e anunciaram a adesão ao reajuste do Piso do Magistério, de 14,95%, proposto pelo ministro da Educação, Camilo Santana (PT). Nas redes sociais, Rafael disse estar reafirmando o compromisso com a Educação do Município. Em nota, Dr. Lorim disse que a medida era mais um passo na valorização dos professores. Para efetivar a adesão, os projetos foram enviados às câmaras para aprovação. Os dois gestores têm margem apertada nos Legislativos, mas a pressão da classe deve facilitar a aprovação. Está feito o ganho político.

Enquanto isso...
Além de Juazeiro do Norte, primeiro a anunciar adesão ao reajuste do Piso do Magistério, Penaforte e Missão Velha, os outros municípios do Cariri a aderirem o Piso foram Abaiara, Caririaçu e Mauriti.

O total de apenas seis municípios, entre os 29 da região, preocupa professores e sindicalistas. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que é contra o reajuste, faz uma verdadeira batalha com sindicatos.

A maioria dos prefeitos do Cariri, ainda tenta encontrar um caminho para anunciar o reajuste do piso aos professores. A preocupação não está nos recursos para fazer o pagamento, que virá do Ministério da Educação.

O temor dos prefeitos é a Lei de Responsabilidade Fiscal, que impõe limite de 54% para folha. Extrapolar esse percentual significa responder por improbidade e tornar o Município inadimplente. A equação é difícil!

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