Transmissível através de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar, o sarampo é uma doença viral de elevada transmissibilidade, que pode acometer crianças e adultos. Após anos sem nenhum caso registrado no Cariri, a confirmação recente de um caso da doença em Crato, acendeu o alerta entre os municípios. No Brasil e no mundo, o sarampo ameaça causar novos surtos, o que motivou a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro de Controle e Prevenção de Doença dos Estados Unidos a elaborarem relatório que indicou o maior número de crianças sem a imunização contra a doença nas últimas duas décadas.

A Secretaria Municipal de Saúde de Crato informou, através de nota à imprensa, que a Vigilância Epidemiológica foi comunicada do caso 24 dias após o início dos primeiros sintomas da paciente, no último dia 5 de outubro, pelo hospital da região onde ela esteve internada, como caso suspeito de sarampo. “Após investigação mais profunda e apenas depois de uma segunda amostra, a Fiocruz confirmou IgM reagente para Sarampo.

De imediato, após comunicada, a equipe da SMS iniciou a investigação epidemiológica em campo e realizou as medidas adequadas, de acordo com os protocolos preconizados pelo Ministério da Saúde: visita e acompanhamento do paciente, busca ativa dos contactantes e atualização da situação vacinal; monitoramento da paciente e contactantes”, pontuou.

Diante da confirmação, o Município afirma ter intensificado e fortalecido as estratégias de vacinação em todo o território, com busca ativa de faltosos, identificação de não vacinados, vacinação oportuna destes e educação em saúde para a população. Assim como o Crato, o município de Barbalha também tem intensificado a campanha vacinal. Iara Sales, que coordena a  Vigilância em Saúde a nível local, explica que, semanalmente, as unidades de saúde passam para a Vigilância Epidemiológica uma notificação negativa de casos de sarampo. “Todas as unidades de saúde de Barbalha ficam ativas com relação a pessoas que apresentem qualquer sintomatologia que possa sugerir ser um caso de sarampo”, explica, ao dizer que, se realizada notificação de pessoa com sintoma, é realizada investigação do paciente e das pessoas que tiveram contato com ela.

Como explica Iara, a vacina tríplice viral é administrada com um ano de idade e com um ano e três meses. Em todos os municípios cearenses, contudo, os indicadores estão baixos. Diante disso, a orientação do Estado é vacinar crianças a partir dos seis meses de vida, para, posteriormente, tomar as duas anteriormente estabelecidas. As Unidades de Saúde permanecem abertas e disponíveis à vacinação. Em Juazeiro do Norte, como explicou a coordenadora de Imunização, Ana Luíza Leite, o Município também tem intensificado a vacinação. “O Município não encontra-se com nenhum caso de sarampo. A cobertura de Juazeiro, hoje, é de 88% na tríplice viral. É uma cobertura muito boa”, menciona, ao dizer que ocorre a busca ativa das crianças pelos agentes de saúde.