Atleta de Missão Velha sonha com Liga dos Campeões
Galego, de 24 anos, atua no futebol português
Foto: Reprodução Instagram
Robson Roque
01/06/21 15:30

Apesar de não ter um time de futebol profissional, o município de Missão Velha revela bons jogadores. Em maio, o Jornal do Cariri retratou a trajetória do meia Olávio, que nasceu na cidade caririense e foi artilheiro do Campeonato Cearense Série A de 2021 pelo Atlético, desbancando atacantes favoritos. Nesta edição, o JC conta a história do meia Jefferson Fernando Isidio (Galego), de 24 anos, que atua no futebol europeu.

“Acredito que o sonho de todo jogador profissional é passar na Europa, chegar a um time grande e jogar uma Champions League. Comigo não é diferente. O primeiro passo já foi dado, que foi chegar à Europa. Não estou num time gigante, ainda, mas numa equipe que me dá todo suporte e estrutura. O meu plano é conseguir chegar a uma Champions League e eu acredito que posso chegar”, revela Galego.

Os primeiros passos de Galego no futebol foram dados na escolinha do Professor Moésio, em Missão Velha. “Foi ali onde tudo começou. Ele viu que eu tinha um futuro, viu algo que ninguém mais viu”, conta o jogador. Da escolinha, Galego foi iniciar a carreira profissional no futebol paulista, tendo passagens por clubes como Mogi Mirim, Ituano, Linense, Ponte Preta, Bragantino e Portuguesa Santista, seu último clube antes de se transferir para o futebol europeu. No Ceará, ele atuou apenas pelo Ferroviário, em 2019, disputando a Taça Fares Lopes. No Cariri, ele chegou a integrar a base do Guarani de Juazeiro do Norte.

Atualmente, Galego se prepara para a segunda temporada no futebol europeu, atuando pelo Moreirense. A equipe terminou a primeira divisão de Portugal (Liga Nos) na oitava posição. Durante a temporada, o elenco atual do Moreirense foi formado por 28 jogadores, a maioria brasileiros e portugueses, o que facilitou a adaptação do missãovelhense. “Quem vê de fora acha que [o futebol europeu] é fácil, mas só sabe quem já passou por algum período. Minha adaptação tem sido muito boa porque têm alguns brasileiros na minha equipe que me ajudaram e ajudam bastante”, argumenta.

A família dele também foi preponderante para a adaptação. “Quando a família está ali, por perto, você pode suportar e aguentar mais um pouquinho, até chegar onde você quer. E é isso que é mais importante para mim”. De férias no Cariri, Galego relembrou as origens em visita à Escolinha do Professor Moésio. Lá, ele conversou com crianças que hoje estão no lugar que ele esteve anos atrás, em busca de oportunidade para trilhar o sonho de se tornar jogador de futebol. “Não é fácil ser jogador de futebol. Mas, você, que gosta de jogar futebol, acredite no seu sonho”, conclui.

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