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Sem a segunda dose
11/05/21 0:00

A luta contra o covid-19 no Cariri vive uma nova fase: o medo de ficar sem o imunizante para aplicação da segunda dose. No Cariri, os municípios de Várzea Alegre, Missão Velha, Barbalha, Farias Brito, Assaré, Abaiara, Lavras da Mangabeira, Jardim e Crato enviaram comunicação à Secretaria de Saúde do Estado, informando não ter estoque da vacina para a aplicação da segunda dose. De imediato, o governador Camilo Santana foi às redes sociais tranquilizar a população, já que a informação estava nas ruas e a população muito preocupada. Camilo disse que a previsão era que o Estado recebesse mais doses do imunizante até o fim de semana. Apesar da garantia do governador, na região, a preocupação dos prefeitos continua. Desde janeiro, alguns municípios não recebem verbas para o combate a pandemia e os recursos do Governo do Estado também estão reduzindo. Se não chegar mais vacina, a situação tende a piorar!

Tudo fechado

Como previsto pelo prefeito Aniziário Costa, o município de Jardim está em lockdown desde sábado (08). Foi preciso a atuação da Polícia Militar, com auxílio do Raio e órgãos da Prefeitura, para garantir o cumprimento da medida. Alguns comerciantes insistiram em permanecer abertos. Aniziário pediu reforço da polícia e acabou ganhando o da população também. Dezenas de pessoas em motocicletas aderiram ao chamamento, pedindo que todos ficassem em casa. Apesar do lockdown, uma multidão foi ao centro da cidade em busca de fazer compras na feira local. Em alguns casos, tiveram que voltar para casa sem as compras. O lockdown foi incentivado por vereadores, que cobraram do prefeito a medida mais restritiva. No dia 6, a vereadora Liliana Linhares enviou projeto de indicação pedindo o fechamento total. O prefeito atendeu.

Virou polêmica

Apesar da medida de isolamento social rígido ter a aceitação e a aprovação da maioria da população, o prefeito de Jardim, Aniziário Costa, enfrenta problemas com uma das possíveis justificativas para a medida. Durante uma entrevista local, Aniziário estimulou a população a exigir de profissionais de saúde empenho durante a pandemia. Aniziário observou que os profissionais foram vacinados e tem a obrigação de cumprir seus horários de trabalho. O prefeito foi mais longe e disse que os profissionais da saúde não estavam fazendo favor, pois ganham muito bem para desempenhar as funções. Nas redes sociais, a declaração desencadeou uma série de críticas de profissionais, que dizem não entender o ataque, já que não há falta de atendimentos. O hospital local está colapsado e a equipe não consegue transferência para Barbalha e Juazeiro, referências no tratamento.

Na hora errada

Mesmo diante das muitas dificuldades enfrentadas pelos municípios com relação ao enfrentamento a covid-19, Potengi caminha na contramão da responsabilidade. Diante da escassez de médicos, o Município está demitindo profissionais. O médico Carlos Magno Alencar se pronunciou nas redes sociais, dizendo que depois de um ano de atuação, foi demitido sem qualquer aviso prévio. O médico era plantonista e diretor clínico do hospital do Município. Segundo informações, nem o prefeito Edson Veriato, nem o comando da Secretaria de Saúde sabiam do desligamento. A dúvida é: quem demitiu o médico? Quem manda na gestão? Nas ruas e nas redes sociais, o comentário é que o prefeito não manda em nada. No pronunciamento, entre outros, o médico perguntou: onde vocês pretendem chegar assim? Com a palavra, o prefeito...

Tem rachadinha

E para quem acredita que o descontrole de Potengi está apenas na Prefeitura, se enganou. Depois de uma denúncia de que a chefe de gabinete do presidente da Câmara, Ailton Leite, ganhava igual aos vereadores, a própria servidora admitiu que faz rachadinha. Maria Aparecida Firmino, que ganha R$ 5.950, disse que divide o valor com outra servidora. Segundo ela, fica apenas com a metade do valor. Maria Aparecida não disse quem é a outra servidora que divide salário, mas se dispôs a falar mais sobre o assunto no seu expediente na Câmara, onde comparece todos os dias. Ela defendeu o presidente e disse que não deve satisfação a ninguém. Só esqueceu que exerce um cargo público e deve satisfação à população. A denúncia está a caminho do Ministério Público e o presidente pode sofrer ação de improbidade.

Kit merenda

E os kits de merenda escolar estão dando o que falar. Depois de Mauriti, onde o prefeito Isaac Júnior foi muito criticado pela quantidade e a qualidade dos alimentos distribuídos, agora é a vez de Jati. A prefeita Mônica Mariano autorizou a entrega de um kit com 10 itens, referente a todo o período letivo. De imediato, fotos dos alimentos apareceram nas redes sociais, acompanhados de áudios reclamando. Lideranças políticas e sindicais não descartam levar o caso ao Ministério Público do Estado para apuração. Há dúvidas se os alimentos presentes no kit contemplam a necessidade e o percentual de dias letivos. A gestão não se manifestou sobre a possível denúncia, mas divulgou a distribuição de mais 200 cestas para pessoas em situação de vulnerabilidade registradas no Cadastro Único. Aparentemente, o volume de alimentos é bem maior.

Enquanto isso...

... Lideranças do Cariri Oriental estão se reunindo em busca de uma formação política regional. As discussões já abrangem os municípios de Jati, Barro, Brejo Santo, Milagres e Penaforte. São ex-candidatos prefeitos e vices, vereadores eleitos e lideranças como Cícero Geraldo, Rivaldo, Reginaldo Aristides, Lenira, Paulo Neto, Eusébio, Zé Nilton, Katia, Klécio, Professor Peixoto e outros.

... Outros municípios como Aurora, Mauriti, Porteiras, Jardim e Missão Velha devem integrar o grupo nas próximas reuniões. As reuniões, sempre virtuais, estão chamando a atenção para as discussões que giram em torno da mudança de contexto da política caririense. Lideranças de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha têm dado o suporte para a criação do grupo.

... Depois da crise de oxigênio que causou engarrafamento de ambulâncias em Farias Brito, o prefeito Deda Pereira e a secretária de Saúde, Maria Marcleide, garantiram que o Município não sofre risco de desabastecimento do insumo. Na semana passada, pelo menos 14 pacientes tiveram de ser transferidos para o Crajubar, por falta de oxigênio.

... A secretária Marcleide disse a um perfil de rede social local que existe uma preocupação preventiva em manter o nível de oxigênio sempre no nível máximo, dentro do hospital, para garantir a demanda diária. Marcleide não falou se os pacientes removidos retornaram ao Município ou se o oxigênio está sendo usado para novos casos graves da doença.

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