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Violência digital ameaça saúde mental de crianças no Cariri
Região soma quase 200 violações na internet
Foto ilustrativa gerada por IA
Robson Roque
09/09/25 15:30

Ansiedade, depressão, isolamento social e queda no rendimento escolar estão entre os principais impactos da violência virtual em crianças e adolescentes, segundo psicólogos ouvidos pelo Jornal do Cariri. O alerta surge em meio ao aumento de violações registradas nesta região - 178 desde janeiro de 2024 - e reforça a importância do diálogo e da orientação familiar para reduzir riscos.

Segundo a psicóloga Lavínia Batista, situações como cyberbullying, exposição de imagens íntimas e invasão de privacidade comprometem diretamente o bem-estar emocional dos mais jovens. “Essas violações trazem prejuízos associados à ansiedade, depressão, baixa autoestima, isolamento social e dificuldade de confiar nas pessoas. Também podem gerar queda no rendimento escolar e afastamento do convívio social”, explica.

Para o também psicólogo Luís Fernando, os efeitos se estendem por anos e podem impactar a saúde mental na vida adulta. “Déficits na aprendizagem, alterações de memória, problemas de sono e até comportamento autolesivo ou suicida são possibilidades reais. O auxílio profissional é primordial para ressignificar o trauma vivido”, aponta.

Além dos impactos individuais, especialistas destacam o papel das famílias e das escolas como principais mediadores. “A família é o primeiro esboço de sociedade que a criança tem. Por isso, é fundamental construir espaços de confiança, onde ela se sinta segura para relatar situações difíceis. A exposição de imagens dos filhos na internet pode parecer inofensiva, mas aumenta o risco de violações”, alerta Lavínia.

Com 178 ocorrências registradas desde o início de 2024, o cenário regional reforça a urgência de medidas que vão além da repressão policial. “Todo cidadão tem um dever coletivo na proteção da criança e do adolescente. Quando a denúncia é feita, as chances de interromper ciclos de violências e situações piores futuras são bem maiores”, reforça Vitória Paiva, presidente da Comissão de Defesa da Criança e do Adolescente da OAB de Juazeiro do Norte.

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