A morte da cratense Antônia Ferreira, conhecida como Dona Neide, vítima de feminicídio no Sertão da Paraíba, repercutiu na Câmara Municipal do Crato. O caso provocou manifestações de vereadores e autoridades locais sobre a violência contra a mulher.

Antônia foi assassinada dentro de casa, no dia anterior à sessão na Câmara, com golpes na cabeça. O principal suspeito é o marido da vítima, Geraldo Batista Dias, que teria cometido o crime após uma discussão. Segundo a Polícia Civil, o suspeito trancou a casa, comunicou o irmão sobre o ocorrido e fugiu.

Durante a sessão, a presidente da Comissão Especial da Mulher, Ariza Silva (PP), manifestou indignação e tristeza diante do feminicídio. Ariza destacou que cada morte representa uma perda para toda a sociedade e reafirmou o compromisso de “lutar por políticas públicas eficazes de prevenção, proteção e acolhimento às mulheres”. 

A vereadora enfatizou, ainda, que o silêncio não é mais aceitável. "Não descansaremos enquanto a violência contra nós se tratar de rotina. Que a dor dessa perda se transforme em força coletiva para dizer que nenhuma mulher a menos".

A vereadora Lourdes de Carlim (PT) também se manifestou sobre o caso, classificando a morte como “perversa, dolorosa e cruel”, lamentando que mulheres continuem sendo assassinadas com tanta frequência. 

A Secretária de Direitos Humanos do Crato, professora Zuleide, comentou que Antônia foi “cruelmente arrancada de sua família e comunidade, vítima da violência de gênero, que diariamente atinge e silencia tantas mulheres em nosso país”.

O caso reacende o debate sobre a necessidade de medidas mais efetivas de proteção às mulheres e políticas públicas de combate à violência de gênero, temas que voltaram a ser prioridade na Câmara do Crato.