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Vereadores aprovam CPI contra Enel e discutem dia da Umbanda
Segundo projeto será votado em plenária
Foto: Divulgação
Jornal do Cariri
15/02/22 0:00

Os vereadores do Crato foram desafiados em duas discussões polêmicas. A Casa aprovou requerimento para formação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a Enel Brasil, companhia responsável pela distribuição de energia no Ceará, e iniciou uma discussão para instituir o Dia da Umbanda no Município.

A aprovação unânime do requerimento do vereador Luís Carlos (PDT), para investigar possíveis abusos nas cobranças de contas e falhas na distribuição da energia por parte da Enel, pretende fazer o que ninguém conseguiu, ouvir a empresa sobre as reclamações que se acumulam.

A Comissão será composta pelos vereadores Dr. Dudé Morais, Mariângela Bandeira e Lourdes de Carlim, e foi formada nesta segunda-feira (14), pelo presidente Florisval Coriolano. Luís Carlos disse esperar uma citação a representantes da Enel para que se pronunciarem sobre as denúncias presentes no requerimento. Ele citou casos de comunidades da zona rural e urbana que ficaram sem energia por até por 10 dias, sem qualquer explicação.

Durante a sessão do último dia 8, Luís Carlos convidou os usuários da Enel no Município para que se façam presentes as sessões da comissão. A ideia é fortalecer o processo com mais depoimentos para elaborar um relatório robusto. O vereador disse, ainda, que vai solicitar a participação dos técnicos da Secretaria de Infraestrutura do Crato, para analisarem possíveis causas da falta de energia.

O relatório final será encaminhado ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Evandro Leitão (PDT); governador do Estado do Ceará, Camilo Santana (PT); Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE); além de Procuradoria Geral do Estado e Ministério Público do Estado (MPCE).

Na mesma semana, deu entrada na Casa um projeto da vereadora Mariângela Bandeira (PMN), com subscrição de Lourdes de Carlim (PT), que institui o Dia da Umbanda. O dia seria 13 de maio, mesmo dia de Nossa Senhora de Fátima, mas a vereadora acabou cedendo às pressões da comunidade católica, e encaminhou emenda mudando a data para 15 de agosto. A data é lembrada pelas religiões de matrizes africanas como o Dia de Yemanjá.

O projeto está nas comissões e deve ir à votação em plenário em breve. “Vale lembrar que todos têm os mesmos direitos, independentemente de religião, de cor, de raça, de orientação sexual, de posição social”, disse Mariângela, ressaltando que o debate será livre e o voto democrático. As afirmações da vereadora acabaram sendo uma resposta ao áudio do vereador Marquim do Povão (MDB), vazado de um grupo de Whatssap, pedindo apoio dos evangélicos para pressionar a Câmara contra votação do projeto. No áudio, Marquim diz que a autora do projeto se diz evangélica e isso o entristece.

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