Tragédia aciona alerta sobre saúde mental de policiais
Fatores financeiros e familiares podem contribuir para adoecimento
Foto: Reprodução
Natália Alves
29/05/23 9:00

A saúde mental de policiais é um tema cada vez mais relevante e urgente, uma vez que esses profissionais são expostos a situações traumáticas e estressantes diariamente, podendo desencadear quadros de depressão, ansiedade ou ataques de fúria com revanchismo, como ocorreu na madrugada do dia 14 de maio, quando um inspetor da Polícia Civil foi preso por assassinar a tiros quatro colegas, dentro da Delegacia de Camocim. 

A defesa do policial apresentou um atestado no qual uma psicóloga recomenda o afastamento do agente por problemas de insônia, labilidade emocional, ansiedade e alterações de humor.  A tragédia aciona um alerta sobre a saúde mental destes profissionais.

Segundo a Polícia Civil do Estado, cerca de 66 policiais possuem acompanhamento psicológico. A coordenadora do Núcleo de Atenção Psicossocial (NAP) de Juazeiro do Norte, Cláudia Lavor, afirma que além do estresse do trabalho, fatores financeiros e familiares também contribuem para o desequilíbrio da saúde mental de agentes de segurança. “O perigo iminente e jornadas noturnas, tudo isso contribui para o desequilíbrio, aliado a outros fatores, como problema financeiro e familiares. É um somatório de coisas”, explica.

A Secretaria de Segurança Pública e Cidadania de Juazeiro do Norte (SESP) desenvolveu o projeto “Qualidade de Vida” para servidores, onde um dos objetivos é realizar atividades em combate ao estresse e a ansiedade. Além disso, agentes da segurança pública do município podem procurar atendimento com psicólogos por meio do NAP.

A 12ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) é a unidade especializada que investiga os casos de pessoas desaparecidas em Fortaleza, enquanto os casos registrados na região metropolitana da capital e no interior do Estado são a cargo das respectivas delegacias territoriais. Contudo, a depender da necessidade, a delegacia especializada auxilia as demais unidades policiais.

De acordo com a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), em algumas situações, devido à condição de vulnerabilidade da pessoa desaparecida, é dada prioridade para a rápida localização da vítima. Destaca-se, ainda, que as investigações de pessoas desaparecidas são ininterruptas até a localização da pessoa.

Como denunciar?

A PC-CE reforça a necessidade do apoio da população nesse tipo de investigação e a importância de comunicar o desaparecimento da vítima assim que tomar conhecimento, sem precisar aguardar 24 horas. E caso a pessoa retorne, a família deve procurar uma delegacia de Polícia Civil para dar baixa no BO.

Por fim, a PC-CE reforça que para fortalecer os trabalhos policiais é imprescindível o registro de Boletim de Ocorrência (BO), que pode ser feito presencialmente em qualquer unidade policial, ou por meio da Delegacia Eletrônica (Deletron), no site www.delegaciaeletrônica.ce.gov.br. A Deletron atende todo o Estado do Ceará a qualquer hora do dia ou da noite.

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