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Taxa de ocupação de leitos se mantém alta no Cariri
No pico da covid-19, HRC chegou a contar com 108 leitos disponíveis
Todos os leitos de UTI estão ocupados no HRC. Foto: Raquel Oliveira
Joaquim Júnior
22/12/20 8:30

Desde o primeiro semestre do ano, quando tiveram início as ações de prevenção ao novo coronavírus, tanto Estado como municípios se movimentaram para aumentar o número de leitos voltados ao atendimento. De acordo com a plataforma Integrasus, da Secretaria da Saúde, somente o Hospital Regional do Cariri, que atende 45 municípios da macrorregião, estava com 27 das 31 UTIs ocupadas no domingo (20), o que representa 92,31% do total. Há, ainda, 13 leitos de enfermaria voltados a pacientes com casos de menor gravidade - destes, apenas um estava vago até o fechamento desta edição.

 No total, os dados da plataforma apontam que a 21ª Região Juazeiro do Norte estava, na segunda-feira (21), com 37 dos 47 leitos de UTI ocupados. Dos leitos de enfermaria, que são 35 ao todo, 19 estavam ocupados. A 20ª Região Crato, que só possui leitos de enfermagem, estava com cinco dos 22 leitos ocupados. Já a 19ª Região Brejo Santo, estava com cinco dos sete leitos de UTIs ocupados e 13 dos 43 leitos de enfermagem utilizados.

 Referência em toda macrorregião, o HRC tem mantido taxa de ocupação muito alta. Como apresenta a assessoria, os números são bastante dinâmicos e ocorrem alterações constantes. Até o momento, como informado, ainda não houve a necessidade de voltar a ampliar a quantidade de leitos. No período mais crítico da pandemia, que aconteceu entre os meses de junho e julho, o HRC chegou a ter 108 leitos de UTI covid – o que foi possível de acontecer por meio de pactuação com outros hospitais para que continuassem atendendo outras demandas além do novo coronavírus. O HRC é, ainda, referência para outras patologias, como traumas, que seguem apresentando alta demanda. No total, além dos leitos de covid, há mais 51 leitos de UTI para outras patologias.

 O médico George Severo, diretor técnico do Hospital Santo Antônio, conta que os números têm mostrado o aumento nos casos. “Isso é natural, porque a gente também aumentou o número de testes”, explica. Como acredita, houve uma redução abrupta na disponibilização dos leitos: “esqueceram dessa segunda onda, que é o que e a gente está vivendo”, relata, ao dizer que há o reflexo das campanhas eleitorais e das festas de final de ano. “Acredito que, em alguns hospitais, o que a gente viu foi que baixaram a guarda com relação ao número de leitos e equipes. Então, agora a gente tem equipamento, mas os números de leitos e equipes diminuíram. Acho que foi um pouco precoce”, enfatiza.

Entre as ações que devem ser implementadas, o médico acredita que as medidas de higiene já estão bem disseminadas e a informação deve ser mantida. Campanhas para enfatizar a importância e alertando a população sobre a gravidade da doença, que acomete todas as idades, são apontadas por ele como essenciais. “Uma coisa que eu ainda sinto falta, a exemplo de outros países, seria o isolamento vertical. Aquela testagem em massa e isolar os casos positivos”, afirma George Severo.

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