Sindicatos dos servidores públicos municipais de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha reagiram à decisão da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), de orientar os prefeitos a não concederem o reajuste salarial de 15% para o magistério. O aumento foi anunciado na semana passada, pelo ministro da Educação, Camilo Santana (PT). 

Com a medida, o salário dos educadores passará de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55 este ano. "A valorização dos nossos profissionais da educação é fator determinante para o crescimento do nosso país", escreveu Camilo Santana, em redes sociais. Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juazeiro do Norte, Marcelo Alves considera que a orientação da CNM “é equivocada e aprofunda conflitos entre Governos e Profissionais do Magistério”.

Com posicionamento semelhante, o vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Crato, Oldack Cezar, pondera que “nada justifica a posição da CNM, haja visto que o Ministério da Educação já divulgou o índice de correção e que, com o novo Fundeb, os repasses têm sido maiores a cada ano”. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Barbalha, Marciano Santos, defende que o reajuste está amparado na Constituição Federal. “Inconstitucional é descumprir a portaria interministerial. Esperamos que a administração procure cumprir a lei de mesa de negociação com as categorias”, diz.

Na sexta-feira (20), o prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra, anunciou que concederá o reajuste. Assim como no ano passado, a Secretaria de Educação de Crato aguarda um posicionamento do Governo do Ceará para definir a concessão do reajuste. A Prefeitura de Barbalha prometeu ao sindicato se posicionar sobre o caso em breve.