Jornal do Cariri
Setor Imobiliário deve movimentar mais de R$300 milhões no trimestre
Retomada no crescimento econômico acontece gradativamente
Foto: Evando Matias
Joaquim Júnior
05/10/21 8:30

Com a liberação gradual das atividades, setores do Cariri observam, aos poucos, a retomada no crescimento econômico. No setor imobiliário caririense, corretores de imóveis e imobiliárias apontam que o mercado se encontra em ritmo de normalização. A previsão para os próximos meses é de crescimento. Para o trimestre, grandes lançamentos imobiliários estão previstos, o que deve movimentar mais de R$300 milhões. 

Fagner Canuto, diretor de comunicação do Conselho Regional de Corretores de Imovéis (Creci-CE) da Sub-Região do Cariri, conta que, durante a pandemia de covid-19, a adaptação ao homeoffice foi necessária, assim como a busca por estratégias para novas negociações. Inicialmente, o ambiente trouxe um grave prejuízo em razão da desocupação de imóveis comerciais. Logo em seguida, o problema alcançou imóveis compactos que eram buscados pelas universidades e trabalhos temporários que ficaram suspensos por longo período. 

“Os preços foram negociados e tivemos que promover descontos, carências para evitar que os imóveis ficassem desocupados. Já em 2021, com a elevação do principal índice de reajuste de aluguel, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM), que flutua atualmente próximo de 35%, acompanhado da elevação dos insumos da construção civil, percebemos que os preços estão sendo ajustados gradualmente, visto que a renda da nossa população também carece de atualizações”, explica o diretor. 

Conforme apresenta Fagner, diante das mudanças que ocorreram em decorrência da recessão que represou operações desde o ano de 2015, o segmento da construção civil aguardou o momento ideal para executar seus projetos e retomar as atividades do setor. “Outro fator favorável é o crédito imobiliário, que oferece taxas baixíssimas. Os investimentos públicos na região do Cariri, como teleféricos, ampliação da malha viária, Arena Romeirão, entre outros equipamentos, atraem novos investimentos e temos já grandes lançamentos imobiliários previstos para este trimestre, quem deve movimentar mais de R$300 milhões, gerando atividade econômica e emprego na Construção Civil. 

Com a vacinação de covid-19 acelerada e a diminuição da insegurança de novos fechamentos ou restrições dos estabelecimentos, o cenário se mostra como favorável. “A mensagem que deixamos aos cidadãos é que aproveitem esse momento, onde os preços ainda não sofreram grandes reajustes, que certamente virão em 2022, no repasse das altas de preços de insumos e mão de obra. A dica é: procure hoje um corretor de imóveis de sua confiança e aproveite as oportunidades com ajuda de um profissional dedicado em te ajudar nessa realização do sonho da casas própria”, conclui. 

Setor no Ceará 

A nível estadual, de acordo com Patriolino Dias, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) do Ceará, o momento é considerado um dos mais pujantes dos últimos anos no setor da construção civil. Ele destaca que o mercado imobiliário no Ceará permanece aquecido, mesmo com as altas da Selic este ano. Entre janeiro e agosto de 2021, o Estado acumulou 10.819 unidades financiadas, totalizando R$ 2,2 bilhões – o valor representa um crescimento de 138% em relação ao mesmo período de 2020, de acordo com os dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). 

Entre as políticas de incentivo que prometem dar fôlego ao setor, Patriolino menciona o programa habitacional Casa Verde e Amarela. Com a ampliação do valor máximo para o financiamento do imóvel e juros mais competitivos, ele conta que a expectativa é de que o programa habitacional represente a contratação de até 18 mil unidades habitacionais no Ceará no prazo de até três anos. O aumento do subsídio do Governo Federal, de R$ 37 mil para R$ 47 mil, também ajuda a realinhar os gastos do setor e para a população conquistar a casa própria. O valor médio dos subsídios, que antes era de R$ 23 mil, passa para R$ 35 mil, a depender da composição familiar. As famílias do Grupo 1, com renda de até R$ 2 mil, passam a contar com subsídio de até R$ 47,5 mil para entrada. A expectativa é que o Governo Federal amplie a cada ano o valor total destinado ao Programa. Assim, vamos poder, aos poucos, contribuir para a redução do déficit habitacional. 

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