O isolamento social é uma das medidas para conter o avanço do novo coronavírus. Mas é preciso ter cuidado com a saúde mental das pessoas. Psicólogos de todo o Brasil abraçaram a campanha Setembro Amarelo, como forma de valorização à vida e prevenção ao suicídio. Por meio das plataformas digitais, os profissionais estão alertando a população sobre a importância do diálogo e dos vínculos afetivos, no intuito de reduzir os transtornos mentais. Como nem todo mundo consegue administrar um turbilhão de informações e sentimentos, é preciso ser sensível e entender o momento certo para procurar ajuda profissional.

De uma hora para outra, tivemos a nossa rotina alterada, fomos orientados a manter uma distância de segurança de amigos e familiares e sair de casa só para fazer algo essencial. Não estávamos preparados e é preciso entender os nossos sentimentos e ressignificá-los da melhor forma. “Estudos apontam que, nesse período de quarentena, sentimentos como tristeza, solidão, frustração e ócio costumam ser despertados. A melhor forma de passarmos por isso é compreender que é um vírus de fácil transmissão e que se cada um fizer a sua parte vai passar e com menos impacto. Temos que manter uma rotina em casa, fazer atividades prazerosas e evitar pensamentos negativos”, explica a psicóloga Teresa Jácia.

Evitar o excesso de informação e utilizar o tempo livre para colocar as coisas em ordem também ajudar a manter o equilíbrio da mente. “Vivemos rodeados de muitas informações, fake news. É preciso buscar informações em fontes confiáveis e não sair compartilhando algo que seja de caráter duvidoso. Temos que agir com responsabilidade e ser positivos. Aproveitar o tempo livre para cuidar do corpo, colocar a casa em ordem, a leitura em dia, fazer alguma receita nova e de alguma forma se manter ativo. É preciso entender que tudo isso vai passar. Mas caso não consiga enfrentar essa situação sozinho, peça ajuda, procure um psicólogo. A saúde é um bem precioso”, comenta a psicóloga.

Quem estiver se sentindo triste e não tiver um amigo ou familiar para desabafar, pode entrar em contato com o Centro de Valorização à Vida, através do telefone 188. Voluntários de todo o Brasil, que passaram por treinamentos, estão à disposição para ouvir e aconselhar. Os atendimentos acontecem sem que a pessoa que procura ajuda seja identificada.