A campanha “Chapada do Araripe Patrimônio dá Humanidade” foi debatida na Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, durante audiência pública, realizada em Brasília. A iniciativa do reconhecimento da Chapada do Araripe como patrimônio da humanidade teve início em 2019, tendo à frente o Sistema Fecomércio Ceará, por meio do Sesc, em parceria com a Fundação Casa Grande. Outras instituições, a exemplo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), também estão envolvidas no movimento.
A audiência pública foi solicitada pelo presidente do Sistema Fecomércio Ceará e deputado federal, Luiz Gastão (PSD-CE), que defende a inscrição da chapada, que fica localizada entre os estados de Pernambuco, do Ceará e do Piauí, na lista de locais brasileiros candidatos ao título da Unesco. Na audiência, Gastão destacou que o local é reconhecido por sua riqueza paisagística, ambiental e arqueológica. "Trata-se de um patrimônio material e imaterial de valor excepcional, com características únicas no mundo, que merece ser preservado e reconhecido internacionalmente", disse.
A Chapada do Araripe
A Chapada do Araripe é um platô central que cria um território e conecta os estados do Ceará, Pernambuco, Piauí e Paraíba, formando uma paisagem cultural singular, completa e genuína. Além da relevância ambiental, o território exerce forte influência na cultura local, que é marcada pelo conjunto de tradições e celebrações coletivas, relacionadas à forma de vida do povo do Cariri, que está integrado à diversidade natural da Chapada do Araripe.
O superintendente de ações integradas e diretor regional do Sesc Ceará, Henrique Javi, explica porque, a campanha “Chapada do Araripe Patrimônio dá Humanidade”, tem a grafia desta forma por um motivo. “A Chapada é um território único, de valor ambiental, histórico, cultural, arqueológico, mitológico, paleontológico, musical e artístico. Por isso, o Sistema Fecomércio Ceará, nessa campanha, transforma a preposição ‘da’ no verbo ‘dá’. Com isso, reforça o sentido de que a gestão participativa do patrimônio no território da Chapada do Araripe oferta humanidade, assim como a humanidade preserva o seu patrimônio”, explica o executivo.
O gerente de cultura do Sesc Ceará, Alemberg Quindins, reforça que o reconhecimento se dá como Patrimônio Mundial de Bem Misto: Meio Ambiente e Cultural. “Isso terá relevância tanto do ponto de vista cultural como ao estabelecer um compromisso internacional de preservação e proteção da região, trazendo também impactos positivos, inclusive no desenvolvimento econômico e no turismo da Região”, ressalta Quindins.
Com informações do Sesc
