Rompimentos apontam para disputas em Potengi e Abaiara
21/03/23 0:00

O clima entre os vice-prefeitos e prefeitos em Abaiara e Potengi, há muito tempo, não é dos melhores. Mas, nas últimas semanas, isso se intensificou e deu lugar a disputas declaradas, visando às eleições de 2024. Em Potengi, o vice-prefeito Humberto dos Barreiros laçou sua pré-candidatura a prefeito. Vai disputar contra o atual prefeito Edson Veriato (PT). No PP de AJ Albuquerque, Humberto tem as bênçãos da cúpula do partido no Estado. Por estar num partido da base governista, Humberto quer a neutralidade das lideranças estaduais como o governador Elmano e o ministro Camilo. Difícil, diante do objetivo dos petistas, de fazer 50 prefeitos e não perder os que já têm. Já o vice de Afonso Tavares (PT) em Abaiara, Ângelo Furtado (Angim), está em situação mais confortável: tem o partido nas mãos e Afonso não pode mais ser reeleito. Para completar, numa boa articulação, Angim atraiu o ex-prefeito Chico Sampaio para a sua base, neutralizando qualquer possibilidade de fortalecimento de Afonso.

Moésio quer voltar à Prefeitura de Campos Sales

Depois de se decepcionar com o prefeito João Luiz, o ex-prefeito e ex-deputado estadual Moésio Loiola, quer mostrar que ainda tem liderança política em Campos Sales. Frustrado com a derrota na eleição de 2022, na tentativa de retorno à Assembleia Legislativa, Moésio se antecipou e lançou sua pré-candidatura a prefeito. Moésio foi o principal apoiador de João Luiz, mas os dois romperam no início do governo, quando o prefeito diminuiu os espaços do ex-prefeito na gestão. Para piorar a relação, João Luiz apoiou Fernando Santana contra Moésio no Município, em 2022. Neste primeiro embate entre os dois, João Luiz levou a melhor. Fernando teve 44% dos votos contra 23% de Moésio, que acusou o uso da máquina pública. Agora, a disputa será direta entre os dois. Promete!

Grevistas pressionam prefeito de Barro por 28%

Cercado de dificuldades administrativas com o passivo deixado pelas gestões anteriores, o prefeito de Barro, George Feitosa, tem outro desafio pela frente: uma greve que reivindica 28,23% de reajuste salarial. Querem repor as perdas acumuladas nos últimos cinco anos. A presidente do Sindicado, Derbyhires Araújo, avalia a decisão como excepcional, mas necessária. A gestão acusa falta de diálogo e soube da greve pelas redes sociais. A avaliação é de greve política. Em primeira análise, a gestão não encontrou reivindicação nos últimos cinco anos. Apesar da deflagração desde o dia 15, o movimento tem conseguido baixíssima adesão. A gestão deve recorrer à Justiça, pedindo a ilegalidade.

Câmara de Milagres cobrada por responsabilidade

Os vereadores de Milagres ainda tentam entender o que aconteceu na sessão do dia 17, ao serem criticados de forma dura e direta pela presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Lenira Ferrer. A sindicalista usou a tribuna para cobrar o empenho dos parlamentares, para aprovação do Piso da Enfermagem, e aproveitou para lembrar a última vez em que esteve na Casa: “vocês não vão saber, se vocês não ouvirem o povo”. Na época, a maioria dos vereadores se retirou da sessão, no momento da fala da sindicalista. Antes do desabafo, Lenira aproveitou para fazer um alerta: “É muito fácil dizer que tudo está bem no Município. Será que está mesmo?” O silêncio da Câmara foi o atestado de culpa.

Enquanto isso...

Em Santana do Cariri, a pressão do prefeito Samuel Werton, sobre a comissão do Sindicato Apeoc no Município, deu certo. Dias antes de uma manifestação contra a Prefeitura, o próprio sindicato abortou o movimento.

O recuo foi motivado pelo envio da Lei que garante R$ 15% de reajuste ao Piso do Magistério à Câmara e a garantia do diálogo sobre o PCCR dos professores. Samuel tinha acusado uso político do movimento.

Em Aurora, a semana foi marcada pela busca de uma ambulância que desapareceu há quase um mês. O silêncio da Secretaria de Saúde e do prefeito Marcone Tavares intrigou cidadãos, que cobraram dos vereadores.

Mas, apesar do silêncio da gestão, a ambulância foi encontrada. Está no pátio do Hospital Regional, em Juazeiro do Norte, aparentemente com um pneu furado. Nas redes sociais, as criticas à gestão ganham força.

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