Altas temperaturas aumentam riscos de acidentes com animais peçonhentos
Somente em relação ao trabalho, foram mais de 800 casos registrados
Foto: Agência CEUB
Joaquim Júnior
20/11/25 14:35

Entre os anos de 2024 e 2025, foram registrados 4.912 acidentes por animais peçonhentos no Cariri, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan Net. Temperaturas mais altas são mais propícias a esses tipos de ataque. Já em relação a acidentes no trabalho, foram registrados mais de 800 casos, entre os anos de 2019 e 2024, conforme apresenta o recém-lançado Boletim Epidemiológico – Acidentes por Animais Peçonhentos Relacionados ao Trabalho, da Secretaria da Saúde do Ceará.

O biólogo Deyvisson Nascimento, Autor do livro “Mitos e verdades sobre os animais mais temidos do Brasil”, conta que os animais peçonhentos são aqueles que injetam toxinas por meio de estruturas especializadas, como presas, ferrões, agulhas ou quelíceras, já os venenosos liberam toxinas passivamente, geralmente por contato ou ingestão. Na região do Cariri, de conforme apresentou, é possível encontrar serpentes peçonhentas como cascavel, jararaca e coral-verdadeira, além de animais como escorpião-amarelo, vespas, abelhas e formigas; já entre os venenosos, ele destaca a espécie Rhinella jimi, popularmente conhecida como sapo-cururu.

“Prevenir acidentes com animais peçonhentos é uma tarefa que depende tanto de conhecimento e vigilância individual quanto de ações coletivas de saneamento e educação ambiental”, relata Deyvisson, destacando que esses animais também têm um papel crucial para o meio ambiente e para pesquisas na área da saúde.

Morgana Tavares, médica emergencista do Hospital Regional do Cariri (HRC), explica que acidentes com animais peçonhentos são emergências médicas e precisam de atenção imediata. “Mesmo que nem todo caso seja grave, é preciso que a pessoa que foi vítima seja avaliada, o quanto antes, por um profissional de saúde, que a evolução pode ser rápida e imprevisível”, relatou.

Conforme a médica, após o acidente não se deve cortar o local, fazer torniquete, sugar o veneno ou aplicar qualquer substância. O ideal é lavar o local com água e sabão e buscar atendimento em até duas horas. Em relação aos sinais de gravidade, eles variam conforme o animal envolvido, mas sintomas como dor intensa, inchaço progressivo ou endurecimento na região, vômito, tontura, visão embaçada, dificuldade para respirar, entre outros, servem como alerta. Em casos de acidentes com animais peçonhentos, a médica orienta que a população deve procurar unidades que façam parte da Rede de Assistência a Acidentes por Animais Peçonhentos, como o HRC, que é referência para casos moderados e graves.

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