Jornal do Cariri
Região registra cerca de 20 incêndios florestais por ano
Incêndios florestais preocupam ativistas
Foto: ICMBio
Joaquim Júnior
19/09/23 10:00

O período que integra os meses entre setembro e dezembro é considerado por especialistas como o mais crítico no tocante à ocorrência de queimadas no Cariri. Com média de 20 incêndios florestais anuais na Chapada do Araripe e no entorno, atualmente cerca de 40 brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) atuam no combate ao fogo. Desde a última semana, foram registradas ocorrências em Juazeiro, na Colina do Horto; e em Crato, a exemplo de comunidades como Grangeiro e Bebida Nova.

Vicente Alves Moreira, da Área Temática de Prevenção e Combate aos incêndios florestais Núcleo de Gestão Integrada (NGI) Araripe, destaca que altas temperaturas, baixa umidade relativa do ar e muito vento colaboram para que qualquer ignição gere grandes incêndios. “Temos uma média de 20 incêndios florestais na unidade/ entorno, porém 95% são nas áreas de amortecimento (entorno), principalmente no município de Crato”, relata Vicente, que coordena o trabalho dos brigadistas.

Como afirma, os combatentes do ICMBio NGI Araripe são treinados e conhecem o manejo do fogo, assim como a dinâmica dos incêndios, para combater as ocorrências. “Esse pessoal é para atender, em primeira instância, a Floresta Nacional (Flona) do Araripe, Estação Ecológico (Esec) de Aiuaba e Flona de Negreiros”, explica Vicente, ao citar que, em incêndios de grande magnitude, considerados nível 2 e nível 3, as equipes recebem reforço de outras unidades e de outros órgãos, como Ibama, Corpo de bombeiros, voluntários, ex-brigadistas etc.

“A dificuldade é que muitas pessoas não colaboram, ateiam fogo em resto de folhagem e lixo. Algumas realizam queimadas controladas sem atentar para os devidos cuidados, e aí geram incêndios”, pontua Vicente.

Como ele cita, o número baixo de combatentes para grande quantidade de área é uma das atuais limitações. Ele lembra, ainda, que a pressão urbana, a busca por clima ameno e as queimadas para diminuir a quantidade de matos ajudam a dizimar a vegetação e o aumento de incêndios florestais. As orientações no combate ao fogo incluem evitar provocar ignição e situações de riscos. “O nosso maior patrimônio é a vida e muitas delas estão sendo ceifadas por conta do mau uso do fogo”, enfatiza.

Em ocorrências, deve-se ligar para o número 193, do Corpo de Bombeiros; ou 35231857 (NGI).

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
RECOMENDADAS PARA VOCÊ
PUBLICIDADE
RECOMENDADAS PARA VOCÊ