Quebrada Cultural expande projetos de cultura e assistência
Entidade está no processo para se tornar Associação
Foto: Acervo Quebrada Cultural
Joaquim Júnior
15/02/22 13:00

Há alguns dias, a Exposição Coletiva Rotas Periféricas reuniu, na Quebrada Cultural, obras de artistas locais que, através dos trabalhos, retrataram a resistência de suas falas. O espaço, que ganhou vida ainda no ano de 2018, nasceu através da junção de artistas de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, que pensavam sobre a descentralização das artes e culturas e em enaltecer a potência do povo periférico. Projetos como o de instalação de uma hora comunitária e de uma escola de artes estão entre os planos para serem postos em prática nos próximos meses.

Desde que criada, a Quebrada Cultural tem se tornado espaço que congrega a comunidade artística e leva, ao entorno do bairro Triângulo, em Juazeiro do Norte, ações que promovem arte e cultura – a exemplo dos projetos Salve na Quebrada, Quebrada Sem Fome, Festival Cultura de Quebrada e Olhar da Quebrada. Lucas Galdino, coordenador da Quebrada, conta que todos este festivais ofereceram diversas linguagens, como Teatro, Performances, Exposição de Artes Visuais, música, etc  - o que consideram importantes por fomentar e disseminar a arte e cultura na comunidade e região.

Além de a comunidade ser beneficiada com as atividades desenvolvidas pelo coletivo, tanto na produção dos eventos artísticos,  culturais, educativos e formativos, também é assistida na inserção alimentar. “A campanha #quebradasemfome é o nosso projeto chave/cabeça, pois desenvolve o trabalho de base social em combate à insegurança alimentar, na qual nos dedicamos a essa captação e distribuição de alimentos”, destaca Lucas, ao citar que, desde o início da campanha, conseguiram alcançar cerca de 180 famílias.

Atualmente, também está em planejamento, em parceria com universidades, instituições e projetos colaboradores, um projeto para criação de uma horta comunitária no Terreiro da Quebrada. “Quebrada Cultural é uma ação artístico-educativa estruturada por corpos dissidentes, LGBTQI+, artistas racializados, mulheres, professores/as de arte, agentes e produtores/as culturais, encenadores/as, atrizes e atores”, enfatiza Lucas. Agora, a Quebrada está no processo de se tornar uma associação. Como explica o coordenador, apesar de a burocracia não facilitar os trâmites, o coletivo já conta com assistências que possam lhes direcionar a um caminho positivo à  realização desse processo. “Sendo associação, podemos assistir um pouco mais a vida da comunidade e conseguir captar melhores recursos para garantir mais direitos humanos e expandir a acessibilidade às nossas atividades”, explica.

Para o ano de 2022, a intenção é abrir a Escola Livre de Artes, com a oferta de cursos de teatro, artes visuais, dança, música, artesanato, entre outros. “E executaremos propostas aprovadas no decorrer do ano, através dos editais de incentivo às artes, assim como pretendemos concretizar o processo de fundar a associação nesse período”, completa Lucas, ao mencionar que as pessoas podem acompanhar as atividades da Quebrada Cultural e as programações através do perfil @quebradaculturalt, no Instagram, assim como visitar a  sede que, por conta da pandemia, requer agendamento.

As doações para a Campanha #quebradasemfome podem ser feitas através do Pix ([email protected]), como também podem ser deixadas na sede. A Quebra ainda aceitar voluntariado e colaboradores/as  para diversas áreas.

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