As eleições municipais de 2024 alteraram o panorama político do Cariri, com o número de partidos à frente de prefeituras reduzido pela metade. Seis das 12 siglas que elegeram prefeitos ou prefeitas em 2020 não conseguiram repetir o feito no último domingo (6): PSDB, PP, PSOL, PROS, DEM e PTB “desapareceram” do mapa político regional. 

O PT passou a ser a agremiação com mais prefeituras na região, passando de cinco para 12, o que representa um crescimento de 170% entre as duas eleições. O PSB é o segundo, saltando de uma prefeitura em 2020 para oito em 2024, registrando um aumento de 700%. O MDB ampliou de três para quatro o número. Enquanto isso, o PDT, que mais elegeu prefeitos no pleito passado, caiu de 10 para três municípios, uma queda de 70%.

A principal disputa se deu entre PT e PSB, que travaram embates em oito cidades, com seis vitórias do PSB. A rivalidade entre PT e PDT, surgida nas eleições estaduais de 2020, terminou com vitórias do PT em três cidades e do PDT em duas. A sigla petista também saiu vitoriosa na disputa direta com o MDB em quatro cidades. 

O pleito mais acirrado na região foi em Salitre: Rondilson (PT) foi eleito com 6.358 dos 12.650 votos válidos, uma diferença de apenas 176 votos em relação ao segundo colocado, Dodó de Neoclides (PSB), que obteve 6.182 votos. A maior diferença de votos ocorreu em Juazeiro do Norte, o maior colégio eleitoral da região: o prefeito Glêdson Bezerra (Podemos) foi reeleito com 12.578 votos a mais do que o segundo colocado, Fernando Santana (PT). Já a vitória mais tranquila, em termos percentuais, foi a do prefeito Libório (PSB), de Assaré, reeleito com 83,34% dos votos válidos. 

Além de Glêdson e Libório, outros 10 prefeitos conseguiram se reeleger: Antonio Filho (Altaneira), Marcone Tavares (Aurora), Dr. George (Barro), Dr. Guilherme (Barbalha), Gislaine Landim (Brejo Santo), Deda (Farias Brito), Chico Clementino (Granjeiro), Mônica Mariano (Jati), Ronaldo da Madeireira (Lavras da Mangabeira) e Dr. Samuel (Santana do Cariri).