Projeto debate sobre opressões na saúde
Projeto é desenvolvido pela Universidade Federal do Cariri
Projeto foi proposto por acadêmico do décimo semestre. Foto: Mais Médicos/MS/ Karina Zambrana/ ASCOM-MS
Joaquim Júnior
14/09/20 11:06

Diante das desigualdades sociais que oprimem determinadas populações e, muitas vezes, não são encaradas com a devida atenção, o estudante do curso de Medicina da Universidade Federal do Cariri (UFCA), acadêmico do décimo semestre, Marcos Alexandre de Sousa Barros, propôs um projeto de Cultura voltado para a discussão sobre opressões de gênero, raça e sexualidade na saúde. O projeto “Ubuntu: eu sou porque nós somos” é voltado para debater, junto à comunidade acadêmica e aos usuários do sistema público de saúde, as especificidades dos cuidados com a saúde das populações que são sistematicamente oprimidas – a população negra, as pessoas LGBTQI+ e as mulheres.

A ideia do projeto, em princípio, de acordo com o proponente e bolsista Marcos Barros, era fazer Círculos de Cultura – a partir da pedagogia freiriana – tanto com os estudantes da Faculdade de Medicina (Famed), a fim de debater essas questões entre os acadêmicos, como com a população atendida pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), com o intuito de eles formarem conhecimento a partir de suas próprias vivências. Segundo Marcos, essas populações são oprimidas por diferirem do padrão imposto pela sociedade, que é o homem branco, cisgênero e hétero.

A coordenadora do curso de Medicina da UFCA, Emille Sampaio, diz que existe um planejamento pedagógico para que essas pautas estejam incluídas na aprendizagem de forma natural, sem se limitar a disciplinas específicas. De acordo com Emille, “há muita resistência”, uma vez que existem problemáticas sociais também dentro dos processos de aprendizagem e tratar dessas questões depende muito da formação prévia de todos os envolvidos no ensino. Emille destaca a importância de projetos como Ubuntu para fomentar essas questões dentro da universidade: “Um projeto como esse nos ajuda bastante a inserir na formação acadêmica essas reflexões”, disse. Para conhecer mais sobre o projeto, acesso o site da UFCA.

Com informações da UFCA.

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