Entre os dias 11 e 14 de janeiro, o Centro Cultural do Cariri proporcionou um intercâmbio de saberes, através da partilha pública dos avanços dos projetos aprovados no Edital de Fomento ao Patrimônio, à Memória e às Artes do Território Caririense. Os projetos integram o programa que realiza um trabalho de documentação e análise crítica das identidades culturais contemporâneas do Cariri.

A iniciativa busca incentivar a pesquisa e contribuir para narrativas poéticas e investigativas nas áreas das humanidades, ao longo de seis meses. “A pesquisa vem da coletividade e do entendimento que a oralidade é o bem mais valioso da comunidade, e que a memória é, acima de tudo, preservada”, afirma Andressa Yare, proponente do projeto “Do quilombo à cidade: Imagem transatlântica na comunidade quilombola de Sassaré”.

O programa engloba quatro projetos, entre eles o “O que pode uma mulher que borda?”, que utiliza o bordado como linguagem para explorar as possibilidades e processos de resistência das mulheres que bordam no Crajubar. Além dele, o projeto “Romaria da Encantaria: Cultura, Memória e Territorialidade Indígena em Juazeiro do Norte” também faz parte do programa, e busca compreender as práticas rituais e a territorialidade dos povos indígenas romeiros que protagonizaram movimentos de mobilidade para Juazeiro.

Os dois outros projetos que compõem a iniciativa são “Altar Tapiá” e “Do quilombo à cidade: Imagem transatlântica na comunidade quilombola de Sassaré”, que realiza trabalhos em fotografias, audiovisuais e instalações sobre a cultura e natureza de regiões nordestinas cortadas pela BR 116; e investiga os aspectos da identidade e da oralidade coletiva de Sassaré, comunidade quilombola localizada na cidade de Potengi, respectivamente.