O prefeito de Barbalha, Guilherme Saraiva (PT) continua no cargo enquanto recorre da decisão, em primeira instância, que pediu a cassação dos diplomas e mandatos dele e do vice-prefeito, Vevé Siqueira, também do PT. Os dois foram denunciados por abuso de poder político nas eleições de 2024, em que foram reeleitos.

A decisão é resultado de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) ajuizada pelo concorrente nas eleições de 2024, Antonio Sampaio Neto (PSDB). O advogado Luciano Daniel, que defende prefeito e vice, disse que a defesa, “embora não intimada oficialmente, recebe com muita tranquilidade e respeito a referida decisão judicial”.

O advogado ressaltou que a decisão “não é definitiva, uma vez que ainda cabe recurso às instâncias superiores”, de modo que os dois permanecem nos cargos. Guilherme e Vevé, no entanto, estão de licença das funções no período entre 2 a 12 de março. O presidente da Câmara Municipal, Dorivan Amaro (PT), assumiu a prefeitura barbalhense no último domingo (2), interinamente. 

A denúncia
Entre as denúncias, destacam-se reajustes salariais de servidores “em patamar superior à inflação” e doações de terrenos por por meio do programa habitacional “Meu Pedaço de Chão", que passaram de 23 lotes doados em 2023 para mais de 200 no ano eleitoral.

O juiz eleitoral Marcelino Emidio Maciel Filho também determinou que o prefeito se torne inelegível por oito anos. “Relativamente ao segundo demandado, Sr. Everton de Sousa Garcia Siqueira [vice-prefeito], deixo de aplicar a sanção de inelegibilidade porque não restou comprovada a sua contribuição, direta ou indireta, no cometimento dos ilícitos eleitorais”, justifica o magistrado.

Confira a nota enviada pela defesa de Guilherme e Vevé: