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Prefeito de Araripe no caminho do isolamento
03/06/25 0:00

Depois de vencer com a maior aliança da história de Araripe, o prefeito Zé Gordinho (PT) resolveu fazer o caminho contrário. Iniciou uma sequência de rompimentos que o levam ao isolamento. A mais recente investida de Zé Gordinho é contra sua base na Câmara. Em 2024, liberou seus candidatos a vereador para buscarem viabilidade com parcerias diversas, mas agora cobra apoio para seus candidatos a estadual e federal. Em 2026, o prefeito deve votar em Davi de Raimundão (MDB) para estadual e Dennis Bezerra para federal. Vale salientar que nenhum é do seu partido, o PT. A tendência é ficar sem maioria na Câmara e desarticulado junto aos governos Elmano e Lula, isolando a gestão. Nessa estratégia de ‘carreira solo’, Zé Gordinho já rompeu com o empresário Rodrigo Modesto (PSB), que desistiu da candidatura para compor seu palanque; além dos ex-prefeitos Geovani Guedes (PT), principal apoiador, e Humberto Germano (PSB). Em menos de seis meses, Zé Gordinho inviabilizou a gestão e mobiliza a maior oposição da história do município contra seu governo.

Cota de gênero na pauta

São muitas as investigações sobre fraude a cota de gênero nas eleições de 2024 no Cariri, ainda em andamento. Em Juazeiro do Norte, três vereadores estão com mandatos ameaçados pelas investigações, enquanto em Barbalha, outros tiveram decisões favoráveis. Tudo, claro, motivado por denúncias investigadas pelo Ministério Público. Em Tarrafas e Várzea Alegre, MDB e PSB vivem situações diferentes. A chapa do MDB em Tarrafas é alvo de denúncia de fraude na cota de gênero e compra de votos, em processo que tramita na 18ª Zona Eleitoral. Já em Várzea Alegre, os vereadores do PSB estão mais tranqüilos, depois da decisão favorável do juiz eleitoral, Hyldon Masters Cavalcante Costa, que julgou improcedente a denúncia. Casos iguais com decisões diferentes, deixando lições.

PF aponta compra de votos

Difícil a situação do prefeito de Campos Sales, Moésio Loiola (PSB), diante da investigação da Polícia Federal sobre compra de votos na eleição de 2024. No relatório final, a PF apontou, além de compra de votos, associação criminosa. Entre as provas, o inquérito revelou conversas no WhatsApp em que Moésio é mencionado. Em mensagens, um empresário comenta: “voto de 150 abaixo, sendo voto certo, não vamos perder um”. Em outro trecho, o empresário discute valores para a campanha: “Moésio gastando na base de um milhão e um pouquinho, sendo bem distribuído, não dá para perder não”. Moésio se manifestou: “somente ao final do processo é que teremos um resultado”. Agora é com o Ministério Público, para formalizar ou não denúncia à Justiça.

Servidores fantasmas em Mauriti

A gestão do prefeito João Paulo (PT), em Mauriti, está na mira do Ministério Público do Estado, por contratação de ‘servidores fantasmas’. O paraíso dos fantasmas é a Secretaria de Agricultura, onde foram identificados funcionários que recebem salários sem comparecer ao trabalho. As contratações foram feitas entre os meses de janeiro e abril, segundo inspeção da promotora Geisyane Barbosa. Tudo está comprovado com documentos. A primeira ação do Ministério Público foi recomendar que a gestão exonere os servidores. Não se falou em devolução dos recursos públicos desviados, mas em caso de descumprimento da recomendação, pode virar ação judicial, com pedido de devolução e multa. A recomendação é do dia 27 e a gestão tinha dois dias para responder.

Enquanto isso...

Ainda em Mauriti, o prefeito João Paulo (PT) solicitou, junto à Câmara, a retirada do projeto de lei que suspendia a concessão de licença prêmio a servidores efetivos. Claro, tudo depois de muita pressão.

João Paulo justificou a decisão no diálogo com vereadores e reunião com o Sindicato dos Servidores do Município. O gestor se comprometeu em fazer estudos técnicos para redução da folha. Isso poderia ter sido feito antes.

Em Farias Brito, a vereadora e ex-primeira-dama Petra (PSB) garante que a oposição ao prefeito Deda Pereira (PDT) está ativa. A parlamentar faz questão de avaliar a oposição como madura e consciente.

A oposição elegeu dois vereadores do PT e outros dois do PSB, ou seja, já iniciou com minoria na Casa. O grupo enfrenta um prefeito reeleito com uma base de sete dos 11 eleitos. Realmente, a atuação requer estratégia.

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